Saúde

Teste com adesivo inteligente elimina espinhas em apenas sete dias

Adesivo para acne reduziu lesões de espinhas em mais de 80% em três dias; produto dissolve na pele e tem Cannabis nos ingredientes

Por Isabela Oliveira

Enquanto a vacina contra acne não chega, um novo adesivo de microarray bifásico promete um tratamento aprimorado das espinhas, podendo abrir caminho para futuros tratamentos médicos além da pele. Ensaios clínicos em humanos demonstraram uma redução de 81,4% nas lesões de acne em três dias, com eliminação completa no 7.º dia. Além disso, a secreção sebácea, substância oleosa que causa espinhas, diminuiu em 40,7%.
No primeiro dia do estudo, os participantes aplicaram o adesivo antibacteriano e, nos seis dias seguintes, aplicaram um novo adesivo anti-inflamatório. O adesivo à base de ácido hialurônico dissolveu-se na pele em 30 a 90 minutos. Em sua fase inicial, o adesivo libera um agente antibacteriano para minimizar rapidamente a acne. Em seguida, libera um agente anti-inflamatório para mitigar a inflamação local. Seu design o fixa à pele para adesão e liberação eficazes do fármaco.

Os cientistas planejam disponibilizar o novo adesivo para compra no outono de 2025, na Coreia do Sul e nos Estados Unidos. A tecnologia também poderá ser reformulada para oferecer outras terapias, “desde distúrbios de pele até terapias contra obesidade e administração de vacinas”, segundo o pesquisador Yong-Hee Kim.

Qual a diferença dos outros adesivos para acne?
Os adesivos para acne comuns são geralmente feitos de polímeros que absorvem o excesso de oleosidade e umidade. Algumas versões incluem medicamentos que acalmam a inflamação ou combatem a infecção. Contudo, muitos produtos usam microarrays que atravessam a camada externa da pele para depositar compostos ativos. Porém, eles podem se deslocar durante o uso e irritar a derme.

As terapias convencionais para acne frequentemente se mostram inadequadas devido à penetração limitada na pele, ao desenvolvimento de resistência a antibióticos e aos efeitos anti-inflamatórios insuficientes”, descreveu o estudo.

Então, para resolver o problema, a equipe criou um adesivo com uma plataforma de micromatriz que permanece no lugar. Para desenvolver o medicamento, os pesquisadores imprimiram um microarray de pontas em forma de ponta de flecha com uma impressora 3D especializada. O formato ajudou o adesivo a se fixar na pele.

Além disso, a estrutura do adesivo é de ácido hialurônico — polímero pegajoso comum em produtos para a pele — com agentes antibacterianos (incluindo ácido salicílico e extrato de Cannabis sativa) ou anti-inflamatórios (incluindo niacinamida e extrato de camomila). O estudo foi publicado na ACS Applied Materials & Interfaces.

Fonte: Giz Brasil

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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