O composto químico descoberto em amostras da lua

Em missão para decifrar fragmentos da lua coletados em 1972, a Nasa se deparou com um composto químico inesperado
Cientistas divulgaram resultados de uma investigação sobre fragmentos de solo lunar trazidos pela missão Apollo 17, concluída em dezembro de 1972. O estudo indica que as rochas não compartilham exatamente a mesma composição que as terrestres, o que levanta novas questões sobre como a Lua se formou e evoluiu.
Os pesquisadores trabalharam com amostras seladas em tubos de hélio e guardadas por décadas nas instalações da agência espacial norte-americana, com o objetivo de usar tecnologias modernas para análise mais detalhada. Eles avaliaram isótopos de enxofre-33 (³³S) nas amostras e descobriram proporções diferentes das encontradas na Terra, o que sugere que os processos químicos que a Lua viveu no passado diferiram dos terrestres.
Uma hipótese é que essas diferenças se originaram nas etapas iniciais da formação lunar — por exemplo, quando um objeto de tamanho próximo ao de Marte colidiu com a Terra e deu origem ao satélite, segundo o modelo mais aceito. Alternativamente, os elementos observados poderiam ter sido alterados por processos geológicos internos da Lua em sua juventude. Em ambos os casos, a descoberta reforça a ideia de que a Lua tem uma história geológica mais complexa e menos similar à da Terra do que se imaginava até agora.
Com essas novas evidências, a comunidade científica avalia a necessidade de revisar modelos de origem da Lua, de estudar com mais profundidade o solo lunar e de planejar futuras missões para coletar amostras de regiões ainda pouco exploradas — como o polo sul lunar. As análises das amostras da Apollo 17 mostram que mesmo materiais coletados há décadas ainda podem gerar impactos nos nossos entendimentos sobre o sistema solar.
Fonte: Aventuras na História









