Casas contêineres invadem o Brasil

Veja quanto custa, por que estão mais baratas e como viraram febre entre quem busca sustentabilidade e economia
Por Caio Aviz
Em outubro de 2025, as casas contêineres consolidaram-se como uma das principais tendências da construção civil brasileira, segundo levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Esse modelo combina rapidez, sustentabilidade e eficiência, atraindo cada vez mais interessados em soluções modernas e ecológicas.
De acordo com dados divulgados em setembro de 2025 pelo Sindicato da Construção Civil (Sinduscon-SP), o custo médio por metro quadrado de uma casa contêiner varia entre R$ 1.100 e R$ 2.200. O valor depende do tipo de estrutura e acabamento aplicados em cada projeto. Assim, uma unidade de 30 metros quadrados pode custar entre R$ 60 mil e R$ 100 mil. Projetos maiores e com acabamentos de alto padrão ultrapassam facilmente R$ 300 mil, conforme a complexidade e o design da obra.
Além disso, o valor final depende diretamente da personalização e do tipo de isolamento térmico e acústico, fatores que influenciam fortemente o orçamento. O custo de uma casa contêiner depende de diversos fatores técnicos e estruturais. O número de contêineres utilizados é um dos principais, pois quanto mais módulos, maiores serão os gastos com estrutura, transporte e acabamento.
Ademais, contêineres novos ou seminovos aumentam o preço do projeto. Já os usados, embora mais baratos, exigem reformas, reforços estruturais e tratamento anticorrosivo. Segundo a Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE), o isolamento térmico e acústico pode representar até 20% do custo total. Outro fator determinante é a mão de obra especializada, essencial para garantir a segurança e a qualidade da instalação.
Embora o tempo de construção seja reduzido — entre 60 e 90 dias —, o trabalho de instalação elétrica e hidráulica deve seguir as normas da ABNT NBR 15.575. Isso exige profissionais qualificados e com experiência nesse tipo de construção modular. As casas contêineres se destacaram em 2025 porque unem eficiência e sustentabilidade. Conforme relatório da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), divulgado em agosto de 2025, o reaproveitamento dessas estruturas metálicas reduz o impacto ambiental em até 60%.
Além do mais, o tempo de construção curto, que pode chegar a apenas três meses, contribui para reduzir custos e desperdícios. Outro diferencial é a flexibilidade arquitetônica, permitindo personalizações que vão desde o layout interno até a integração de painéis solares e sistemas de reaproveitamento de água da chuva. Essas soluções se tornaram ainda mais populares com a ampliação dos programas de construção verde no país.

Vale a pena investir em casas contêineres no Brasil
Investir em uma casa contêiner vale a pena para quem busca inovação, economia e responsabilidade ambiental. Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado em outubro de 2025, o mercado de construções modulares e sustentáveis deve crescer cerca de 18% até o fim do ano.
O aumento é impulsionado pelo interesse em moradias acessíveis e ecológicas, com baixo impacto ambiental e menor custo de manutenção. Além disso, o mercado imobiliário brasileiro segue em expansão sustentável, impulsionado por políticas de incentivo à eficiência energética e à redução do desperdício de materiais. Assim, o equilíbrio entre baixo custo, rapidez e sustentabilidade coloca as casas contêineres entre as principais apostas do setor habitacional neste ano.
Fonte: Click Petróleo e Gás










