Política

Obra inédita analisa a origem do pensamento político até a crise nas democracias

Três Mil Anos de Política, de José Luiz Alquéres retrata, ainda, os efeitos do passado no processo de globalização

Passado, presente e futuro são linhas históricas inevitavelmente conectadas, como retrata a memorável obra Três Mil Anos de Política, de José Luiz Alquéres. Lançado no início deste mês, pela Edições de Janeiro, o livro apresenta uma importante reflexão sobre a história da política.
Por meio de uma linguagem leve e acessível, o autor retrata o pensamento político, desde a sua origem, na China e na Grécia, passando pelos Romanos, a Idade Média, a Idade Moderna, até os acontecimentos mais contemporâneos, como os modelos totalitários, neoliberalistas e o fenômeno do nacionalismo.
Com uma perspectiva objetiva, clara e crítica, Alquéres explica o movimento dos pensamentos políticos, proporcionando uma leitura fluida e regada de citações e referências teóricas. O objetivo da sua obra é refletir sobre os principais erros e acertos do passado, a fim de mostrar para a sociedade as ações que não devem ser repetidas no presente e no futuro.
Ao traçar um panorama dos principais eventos que impactaram a construção histórica de diferentes nações, o autor traduz a essência de cada período. A partir de uma análise minuciosa de importantes personagens que marcaram a evolução do pensamento político, Alquéres ainda explica como algumas ideologias prevaleceram em determinados regimes.
Dentre as figuras históricas citadas pelo autor, estão Santo Agostinho, Spinoza, Montaigne, Hobbes e Marx. Para o escritor, é possível estudar a história da própria humanidade, a partir do pensamento destas personalidades do passado.

Três Mil Anos de Política, de José Luiz Alquéres (2020) (Foto: Divulgação/Edições de Janeiro)

A análise de Alquéres conduz o leitor a discussões atuais, como a crise da democracia e os efeitos da globalização. Por fim, o autor apresenta os desafios e a necessidade política em garantir maior inclusão e representatividade de determinados grupos sociais.

Confira abaixo um trecho de Três Mil Anos de Política (2020):

“Para os Gregos, os inventores da democracia, idiota era aquele cidadão que não se importava com a política, como a discussão das coisas comuns, preferindo ocupar-se apenas dos seus interesses particulares. Entendia-se como um dever do cidadão participar da administração pública, manifestando sua opinião sobre os destinos da comunidade. Agir de forma indiferente à coisa pública era um egoísmo, um ato estúpido, próprio a um idiota.
Platão, nessa mesma linha, registrou que quem não gosta de política será governado por quem gosta. Essa verdade vem sendo repetida de variadas formas. Eis a grande vingança aos alienados.
Assim, seja apreciando o tema como um dever cívico, seja como uma forma de se proteger dos exageros dos donos do poder — e não viver como mero integrante de um gado conhecer, refletir, discutir e participar da política é fonte de inúmeros proveitos”.

Fonte: Aventuras na História

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