Ciência

Manuscritos do Mar Morto obtidos por Museu da Bíblia nos EUA são falsos

Estudo comprovou que nenhum dos 16 artefatos comprados pela instituição norte-americana em 2009 é autentico. Peças originais estão no Museu de Israel

Em 2009, o Museu da Bíblia, em Washington, DC, nos Estados Unidos, adquiriu 16 Manuscritos do Mar Morto. Sete anos mais tarde, 13 desses fragmentos se tornaram tópico de um livro que levou diversos especialistas a questionarem a legitimidade dos artefatos.
Isso porque, anos antes, em 2002, surgiram rumores de que falsificações dos Manuscritos haviam entrado no merdado, o que levou o Museu de Israel, em Jerusalém, a comprar todos os artefatos originais. Agora, um novo estudo realizado nos objetos adquiridos pelo museu norte-americano comprovou que nenhum deles é autêntico.
“Após uma revisão exaustiva de todos os resultados de imagens e análises científicas, é evidente que nenhum dos fragmentos de texto da coleção dos Manuscritos do Mar Morto do Museu da Bíblia é autêntico”, concluiu Colette Loll, fundadora e diretora da Art Fraud Insights, em relatório. “Além disso, cada um exibe características que sugerem que são falsificações deliberadamente criadas no século 20 com a intenção de imitar fragmentos autênticos dos Manuscritos do Mar Morto”.
É importante ressaltar que o relatório não põe em xeque a autenticidade dos Manuscritos do Mar Morto mantidos pelo Museu de Israel, em Jerusalém. Esses artefatos estão entre as relíquias mais preciosas do mundo antigo, descobertas pela primeira vez em 1947, em uma caverna em Qumran, perto das margens do Mar Morto. Datados há cerca de dois mil anos, a maioria dos pergaminhos foi escrita em hebraico, embora alguns estejam em aramaico e grego.
Agora, os especialistas esperam que as técnicas utilizadas para descobrir as falsificações possam ser empregadas em outros estudos, para garantir a autenticidade de outros artefatos. “Os métodos sofisticados e caros empregados para descobrir a verdade sobre nossa coleção podem ser usados ​​para lançar luz sobre outros fragmentos suspeitos e, talvez, até mesmo serem eficazes para descobrir quem é o responsável por essas falsificações”, afirmou Jeffrey Kloha, diretor do Museu da Bíblia, em comunicado.

Fonte: Galileu.com

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