Bem-estar

Estudo afirma que o metabolismo não desacelera com a idade

Um estudo realizado pela Duke University, na cidade de Durham — Estados Unidos, acaba de quebrar uma das maiores crenças que o ser humano possuía: a de que o metabolismo das pessoas começa a desacelerar com a idade. Encabeçada por Herman Pontzer e uma equipe internacional de cientistas, a pesquisa analisou a média de calorias queimadas em mais de seis mil pessoas com idades entre uma semana e 95 anos em 29 países. E o resultado é que, se até pouco tempo pensávamos que os jovens e adolescentes tinham a mais alta taxa metabólica, o corpo começa seu declínio inevitável muito mais tarde do que a ciência imaginava.
Com foco na puberdade, menopausa e outras fases da vida, Pontzer afirma ter ficado surpreso com o resultado: “O que é estranho é que o tempo das fases metabólicas da vida não parece corresponder aos marcos típicos”, explica.

(Foto: Ben Wicks/Unsplash)

Segundo ele, a maioria dos estudos mediam quanta energia o corpo usa para realizar funções vitais básicas, como respirar, digerir, bombear sangue — em outras palavras, as calorias de que você precisa apenas para permanecer vivo. Mas isso equivale a apenas 50% a 70% das calorias que queimamos todos os dias, já que não leva em conta a energia que gastamos fazendo todo o resto: lavando a louça, passeando com o cachorro, suando na academia, até mesmo apenas pensando e trabalhando.
Durante os primeiros 12 meses de vida de um bebê, sua energia precisa disparar para cima, de modo que, no primeiro aniversário, uma criança de um ano queima calorias 50% mais rápido para seu tamanho corporal do que um adulto. O metabolismo de um bebê, inclusive, pode explicar em parte por que as crianças que não comem o suficiente durante esse período essencial de desenvolvimento têm menos probabilidade de crescer e se tornarem adultos saudáveis. Após esse aumento inicial na infância, os dados mostram que o metabolismo desacelera em cerca de 3% a cada ano até chegarmos aos 20 anos, quando se estabiliza em um novo normal.

(Foto: BBH Singapore/Unsplash)

No entanto, apesar da adolescência ser uma época de surtos de crescimento, os pesquisadores não viram nenhum aumento nas necessidades calóricas: “Realmente pensamos que a puberdade seria diferente, mas não é”, disse Pontzer. Mas a surpresa maior veio quando os pesquisadores estudaram as pessoas a partir dos 30 anos. O que a pesquisa mostra é que os gastos com energia durante os 20, 30, 40 e 50 anos eram os mais estáveis. Mesmo durante a gravidez, as necessidades calóricas de uma mulher não eram nem mais nem menos do que o esperado.
Resumindo, o que a pesquisa sugere é que o metabolismo realmente não começa a declinar novamente somente depois dos 60 anos, mas esta desaceleração é gradual, apenas 0,7% ao ano. Em contrapartida, uma pessoa na casa dos 90 precisa de 26% menos calorias por dia do que alguém na meia-idade, já que seu metabolismo é ainda mais lento.
De acordo com Pontzer, a perda de massa muscular pode ser a grande culpada, uma vez que o músculo queima mais calorias do que gordura. Mas não é tudo. Segundo ele: “Nós controlamos a massa muscular, mas vemos nosso metabolismo desacelerar porque as células estão envelhecendo”. É por isso que é tão importante adequar o estilo de vida à idade e as nossas necessidades.

Fonte: Balaio do Bem

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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