Comportamento hater: a depreciação é um pedido de ajuda

Desde que houve uma popularização massiva das redes sociais e do uso da internet, as pessoas ficaram cada vez mais familiarizadas com o termo hater, que designa pessoas que ficam on-line tecendo comentários maldosos sobre famosos ou outras pessoas comuns sem ter nenhum interesse aparente por trás disso. Esse comportamento já foi avaliado por diversos especialistas e personalidades importantes do mundo digital já se pronunciaram publicamente sobre prejuízos físicos e emocionais desenvolvidos pelas constantes críticas.
O ato de depreciar alguém esconde necessidades do próprio hater de chamar atenção. Afinal, você pode depreciar aquele youtuber ruim pelo conteúdo inútil ou errado, ou seja, a maioria. Mas alguém com conhecimento vai perder tempo depreciando este youtuber? Essas pessoas nem ao menos vão ter paciência para se fixar no canal. Pessoas inteligentes tendem a ser impacientes com conteúdos inúteis.
Mesmo que as pessoas justifiquem tais atitudes depreciativas como uma forma de manifestação para “mudar o mundo”, isso não desconfigura a necessidade e a busca por atenção. Pois pessoas autossuficientes ignoram o que não soma. Isso ocorre pela economia de energia do cérebro, que opta por gastar em coisas mais eficientes e úteis. Quanto mais inteligente a pessoa, maior o gasto de energia no cérebro. Desvendar, aprender, raciocinar, prever, criar metas — tudo isso exige um alto gasto de energia. Essa condição também exige otimização do tempo, aproveitando-o ao máximo em todas as circunstâncias.

“Eu tenho razão”
Ao acreditar “ter razão em algo”, o cérebro do hater pode liberar neurotransmissores relacionados ao comportamento instintivo, aceitação e narcisismo. Isso tem vínculo com a sobrevivência, já que, quando aceito, não se está só e não estar só aumenta a sensação de segurança. O medo da solidão tem relação com a evolução do cérebro. Quanto mais desenvolvido o lobo frontal, menor o medo e maior, inclusive, a procura pela solidão.
Na verdade, a sensibilidade para a empatia de quem não julga está relacionada não apenas à vontade, mas ao pensamento sobre as nuances da ação, principalmente de como será visto o julgamento, assim como o quanto afetará o atingido. No fim, toda ação tem uma reação e pessoas ocupadas, satisfeitas, que precisam otimizar o tempo, sabem os riscos de um comentário depreciativo e suas consequências.
Fonte: Mega Curioso





