Política

Direita e Esquerda na política brasileira

Coluna — Na Minha Opinião

Durante o regime militar, que vigorou no Brasil a partir de 1964, não se identificava na política nacional as ideologias de Direita e Esquerda entre os partidos políticos. Logo que houve a abertura política somente os partidos de Esquerda se organizaram, dado ao conhecimento sobre política desenvolvido pelos simpatizantes ao regime comunista que foram expulsos do País.
Inicialmente, alguns anistiados, que retornaram ao Brasil, e recomeçaram a fazer política, passaram pelo MDB, que na época representava a oposição ao partido do Governo, que era conhecido como ARENA. Outros partidos foram se formando como PSDB, PT e etc. Durante os governos de PSDB e PT, os dois partidos dominaram as discussões políticas, estando no segundo turno das eleições sem dar espaço para outros políticos ou partidos.

O PT sempre quis empurrar o PSDB para a Direita, para se apossar do discurso de defensor dos pobres e da classe trabalhadora. Ao longo dos anos o PT trabalhou para firmar a ideia de que somente partidos de Esquerda têm políticas públicas de combate à pobreza. O PSDB nunca aceitou ser rotulado de Direita Brasileira, até porque nunca foi.

Segundo Wikipédia o nome “PSDB” (então “Partido Socialista Democrático Brasileiro”) é, pela primeira vez, sugerido para um novo partido derivado do Movimento de Unidade Progressista (MUP) em outubro de 1987, num encontro suprapartidário que reuniu o MUP, o PSB e outros políticos de esquerda e centro-esquerda, incluindo o deputado Paulo Ramos (PMDB-RJ) e Florestan Fernandes, o antigo professor de FHC.
Durante o regime militar e nos anos seguintes os militares acabaram por representar a Direita no cenário político eleitoral, abrindo espaço para o crescimento apenas dos partidos de viés socialista, que representaram a oposição ao regime militar.
Com a eleição de Jair Bolsonaro a política brasileira conheceu políticos que verdadeiramente representam os valores da Direita, que podem ser chamados de Conservadores. Certo é que honestidade nas ideias que defendem só vamos encontrar nos políticos que se posicionam nos extremos do espectro político, seja de Direita, seja de Esquerda.
Fora disso, há grande confusão na cabeça dos eleitores, e até mesmo na opinião dos estudiosos da política. Ainda é possível ver jornalistas chamando o PSDB de Direita, assim como PODEMOS, REPUBLICANOS, AVANTE, PROGRESSISTAS, LIBERAIS. Infelizmente, ainda hoje somos obrigados a admitir que somente os partidos de Esquerda mantêm posicionamento firme, sendo facilmente identificados.

Essa identificação sempre foi possível dado ao apego à cor vermelha, à defesa das teses socialistas/comunistas e ao apoio a ditaduras socialistas. Parte desses políticos também defendem a legalização do aborto, a legalização das drogas, o desprezo pela fé cristã.
Durante muito tempo era comum ver manifestações ligadas ao PT onde bandeiras brasileiras eram queimadas, enquanto bandeiras do partido ou bandeiras de movimentos sociais como Sem-Terra e Sem-Teto, eram hasteadas.
Hoje, dada a inexistência de um partido tipicamente de Direita, que se recuse a aceitar em seus quadros políticos sem alinhamento ideológico, é difícil para o cidadão brasileiro reconhecer quem são os políticos de Direita no País.
Se olhar para os partidos políticos ficará ainda mais confuso. Certo é que, na minha opinião, temos hoje apenas alguns políticos de Direita, ao passo que temos um monte de partidos de CENTRO, cujas figuras políticas não têm compromisso ideológico e velejam ao sabor dos ventos, escolhendo o lado que lhes parece mais favorável.
Aproveitando da falta de discernimento do eleitor brasileiro, o governador Renato Casagrande vem trabalhando alianças com políticos desse viés, que alguns desavisados arriscam indicá-los como Direita, o que constitui erro grave.
Está cada vez mais difícil entender a política nacional, principalmente quando vemos que, no âmbito nacional, o Partido Progressista (PP) é aliado do Presidente Jair Bolsonaro, tendo seu líder CIRO NOGUEIRA ocupando o cargo de Chefe da Casa Civil, principal cadeira do alto escalão do governo federal, ao passo que, aqui, no Espírito Santo, o Presidente Estadual do PP, Marcos Vicente figurou como secretário estadual até o último instante da desincompatibilização e, agora, anda buscando o cargo de candidato a vice-governador ou senador, com o apoio do governador Renato Casagrande.

O povo brasileiro precisa aprender que, na política nacional, existe Direita, Esquerda e outro grupo sem ideologia político-partidária, que é chamado de CENTRO. Precisamos escolher políticos comprometidos com a plataforma de governo vencedora, seja ela de Direita, seja ela de Esquerda, afastando aqueles que não têm lado, mas querem estar sempre do lado que lhes pareça mais favorável.

Delegado Federal Márcio Greik

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