Ressaca nas festas? Entenda porque você passa mal e seus colegas não
Saiba como fatores genéticos e psicológicos podem influenciar no nível da sua ressaca após uma noite de bebedeira
Depois de uma festa de fim de ano ou uma confraternização em que você bebeu álcool demais, é muito comum acordar com dor de cabeça, mal estar, enjoos e diversos outros sintomas da famosa ressaca. Porém, nem todos se sentem da mesma maneira.
Existe uma variação na ressaca, e isso foi analisado pelo Science Alert. Em uma pesquisa, este mal estar é calculado em uma escala de 10 pontos, sendo 0 sem nenhum sintoma e 10 muito mal. Os participantes relataram níveis entre um a oito, enquanto outra pesquisa estimou que 5% das pessoas podem ser mais resistentes à ressaca.
Os pesquisadores estão começando a explorar esses meios para entender o que faz algumas pessoas serem mais ou menos suscetíveis ao mal-estar. Algumas pessoas sugerem que quem possui o gene ALDH2 é menos suscetível a ter ressaca mais graves. Ao consumir álcool, estamos ingerindo a enzima de álcool desidrogenase em acetaldeído, ou seja, uma proteína importante para o surgimento dos sintomas da ressaca.
Porém, o gene ALDH2 se limita a desintegração do acetaldeído, levando a um maior acúmulo de proteína, tendo menos sintomas. Além disso, a idade e o sexo também podem influenciar nestas circunstâncias. Uma pesquisa online da Holanda afirmou que a gravidade da ressaca diminui com a idade, mesmo quando se é consumido a mesma quantidade de álcool.
Homens jovens, entre 18 a 25 anos, tendem a mostrar ressacas mais severas em comparação a outras pessoas da mesma faixa etária que consomem bebidas alcoólicas. Porém ainda não se sabe o motivo. Transtornos como depressão, ansiedade, distúrbios de personalidade e nível de estresse podem estar diretamente ligados ao nível de ressaca de uma pessoa. Anteriormente, pesquisas sugeriam que o neuroticismo, um amplo traço de personalidade que tende a fazer com que as pessoas vejam o mundo de maneira negativa, pode prever a gravidade de uma ressaca.
No entanto, pesquisas mais recentes mostram que não foi encontrada nenhuma ligação entre a personalidade e a ressaca. Isso é um pouco chocante, já que pessoas extrovertidas estão ligadas ao uso excessivo de álcool entre os universitários, mas a princípio eles não têm as piores ressacas. Isso acontece em paralelo com os estudos de que beber com mais frequência está ligado a sintomas mais fortes.
Ver o mundo com um viés negativo, como pessoas com ansiedade, depressão e estresse costumam ver, pode causar ressacas mais graves também. Em outras análises, também foi possível ver que o efeito contrário ocorre, por ter muitas ressacas as pessoas passam a ver a vida de forma mais pessimista.
Fonte: Olhar Digital