Política

Declaração de Lula repercute entre congressistas; veja as principais reações

O Conexão Politica ouviu parlamentares conservadores que repudiam as falas do presidente da República

As recentes declarações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão em alta nas redes sociais e já repercutem entre os Três Poderes, especialmente no Congresso Nacional. Lula, entre outras coisas, voltou a chamar de golpe o impeachment contra Dilma Rousseff, também do PT. Desta vez, a fala foi proferida durante a festa de aniversário da legenda política, que aconteceu na segunda-feira (13), em Brasília.

O mandatário, ao relembrar a trajetória da sigla, repetiu o que vem sendo dito por ele em diversas agendas oficiais, quando rejeita o processo legal da destituição da ex-chefe da nação.

Tudo o que nós fizemos em 13 anos de governo do PT foi destruído em seis anos depois do golpe e depois do mandato de quatro anos de um genocida que haverá de ser julgado pela quantidade de pessoas que morreram inocentes nesse País”, disse o chefe do maior escândalo de corrupção do mundo”.

Parlamentares do espectro político de direita reagiram, na terça-feira (14), ao tom adotado pelo líder petista durante a confraternização na capital federal. Ao Conexão Política, alguns congressistas emitiram seus posicionamentos.

Luiz Lima
O deputado federal Luiz Lima (PL-RJ), um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro, rechaçou a postura do esquerdista, afirmando que tais alegações atentam contra o Estado Democrático de Direito, além de representarem um ataque direto ao Legislativo, ao Judiciário e a toda sociedade civil.

Essa declaração do presidente Lula revela todo seu autoritarismo. É um ataque ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal. É um ataque à sociedade brasileira, que na época, a imensa maioria da população brasileira pediu o afastamento da então presidente Dilma. [Lula] revela todo seu desprezo ao Legislativo, ao Judiciário”, sustentou o parlamentar, em declaração exclusiva ao Conexão Política. “Ele, como presidente do Brasil, além de não dizer a verdade, de esconder os fatos que levaram a ex-presidente Dilma à ampla corrupção dos seus governos, despreza [também] as instituições, que são os pilares da formação da democracia”, prosseguiu. “Então, Lula se comporta como um verdadeiro autoritário”, finalizou o fluminense.

Paulo Bilynskyj
O delegado Paulo Francisco Muniz Bilynskyj (PL-SP), por sua vez, diz estar convicto de que o lulopetismo busca reescrever a história e tem atuado com ataques às instituições.

O PT, como toda organização comunista, desrespeita nossa democracia, ataca as instituições e tenta reescrever a história à força para distorcer a realidade, mas não iremos permitir. Dilma Rousseff foi um desastre na história de nosso país e os motivos de seu afastamento serão preservados para as futuras gerações”, disse Bilynskyj, destacando que apoia os pedidos de impeachment já protocolados na Casa.

Sílvia Waiãpi
Ligada ao grupo de mulheres indígenas, a deputada Sílvia Nobre Waiãpi (PL-AP) enquadrou o pronunciamento do petista como “mentiroso”, de um “presidente que foge da liturgia do cargo” e que, por consequência, “o parlamento precisa dar uma resposta a isso”.

[Lula] age de má-fé e desconsidera toda credibilidade de um Congresso que aprovou o processo de afastamento [de Dilma]. Ele age na contramão da democracia e viola Estado Democrático de Direito”, contestou.

Sargento Gonçalves
O deputado federal Sargento Evandro Gonçalves (PL-RN) classificou as manifestações do mandatário como “inconsequentes”. Segundo o potiguar, por muito menos outras autoridades têm sido responsabilizadas por atos tidos como antidemocráticos.

Fala inconsequente, irresponsável, por parte de um chefe de Estado, de governo, e só demonstra quem ele é, e o que essas pessoas que estão no poder, infelizmente, são. Às vezes, um deputado tem uma declaração bem menos ofensiva a democracia e é taxado como antidemocrático, revolucionário, revoltoso. Aí, a gente vê um presidente da República acusar um ato que foi cheio de legalidades e que contou com a participação do Congresso, do Supremo”, rebateu o militar.

Marco Feliciano
Já o deputado Marco Antônio Feliciano (PL-SP) frisa que Lula “não demonstra ser o democrata que tanto reverbera ser”, visto que tenta emplacar a narrativa de que a ex-presidente foi vítima de uma usurpação do poder, sem ser submetida ao devido processo legal, mediante o que consta na lei.

As recorrentes declarações quanto ao impeachment de Dilma, chamando de golpe, é um ultraje à Carta Política do País e ao Estado democrático de direito, pois não houve nenhum golpe. Golpe é uma expressão que aponta para a ruptura da democracia, em que se utiliza de meios espúrios e ilícitos para usurpar o poder. O processo de impeachment de Dilma se deu dentro dos ditames legais, com fulcro na Constituição, art. 51, inciso I, em que a Câmara considerou que ela havia perpetrado crime de responsabilidade, autorizando assim a instauração do processo de impeachment. Assim, ficou reconhecido o crime de responsabilidade, conforme preceitua o art. 52, inciso I, da Constituição, pelas pedaladas fiscais”, realçou.

É importante esclarecer que nenhum congressista praticou golpe. Fizemos o que achamos que deviríamos fazer, alicerçados na Carta Magna. O Lula, se tivesse um pouco de recato, deveria parar de voltar ao passado com discurso aleivoso. Ele deve fazer o que professa demasiadamente: respeitar a Constituição e a independência dos poderes da República. Por mais que eu deseje que ele cesse as suas falas permeadas de rancor e vingança, acho difícil que isso se concretize, pois fazer com que alguém pense que o errado é o certo e o certo é o errado é uma tática nefasta da esquerda comunista”, completou Feliciano.

Fonte: Conexão Política

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