Como as cidades flutuantes podem combater as mudanças climáticas
O projeto foi feito para abrigar 50 mil pessoas e funcionar 100% à base de energia renovável, além de trabalhar para promover um modelo de vida autossustentável
Pensada para ser uma solução frente às mudanças climáticas, esta cidade flutuante pode abrigar 50 mil pessoas e funcionar 100% à base de energia renovável. Assinado pelo escritório italiano Luca Curci Architects e pelo designer canadense Tim Fu, o projeto será apresentado na 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, que ocorre entre 20 de maio e 26 de novembro de 2023.
As cidades flutuantes podem ser a resposta de como as cidades costeiras, como Nova York, podem lidar com o aquecimento global. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, estima-se que o nível do mar suba quase dois metros até 2100 e cerca de 4,8 metros até 2150, o que afetará a vida da população nestes locais.
O projeto, que pode ser ampliado para abrigar 200 mil pessoas, se assemelha a uma ilha e possui aproximadamente 10 hectares, compostos por prédios governamentais, hospitais, mercados, instituições educacionais e outros espaços. Além disso, a cidade flutuante contará com atrações turísticas, espaços de lazer, quadras esportivas, livrarias e outras amenidades presentes no dia a dia.
O compromisso com a redução da emissão de gases de efeito estufa também entra no escopo do projeto, já que a ilha funcionará apenas com energia renovável — seja hídrica, eólica ou solar. Ainda, o espaço procura oferecer um estilo de vida autossustentável: cada bairro será formado por prédios e residências com vidro fotovoltaico para produção de energia e jardins verticais para produção de alimentos.
Este não é o único projeto de cidade flutuante do universo da arquitetura. O designer italiano Pierpaolo Lazzarini, por exemplo, desenhou um megaiate com 60 mil acomodações e com o dobro do tamanho do Coliseu. O Pangeos foi projetado para funcionar como uma cidade, com hotéis, shopping centers, parques, portos para navios e aeródromos.
Outra ideia parecida é a do Oceanix Busan, uma comunidade flutuante sustentável desenhada para ser construída na costa da principal cidade portuária da Coreia do Sul. O projeto inicial, feito pela empresa Bjarke Ingels Group, apresenta uma área de 63 mil m² e espaço para 12 mil pessoas.
(Foto de capa: Divulgação/Luca Curci Architects + Tim Fu Design)
Fonte: Um Só Planeta