Política

Saúde de Vitória a caminho da excelência

Nessa terceira e penúltima parte da série de entrevistas com Estéfane Franca, vice-prefeita de Vitória, abordaremos o tema Saúde. Por o Brasil ser um território de dimensões continentais são muitos os desafios para administrar um sistema robusto e que atenda à população com a qualidade devida. Fazer saúde pública no Brasil é um desafio proporcional às dimensões territoriais. Além da falta de mão de obra, a saúde pública ainda sofre com a falta de profissionais capacitados para a assistência. O crescimento da demanda pelos cuidados com doenças crônicas, salários baixos e cursos de qualidade questionável estão no cerne do problema.
Dados da Demografia Médica 2020, realizada em parceria entre Universidade de São Paulo (USP) e Conselho Federal de Medicina (CFM), atestam grandes desigualdades na distribuição de médicos pelo Brasil. Embora essa não seja uma realidade latente na capital do Espírito Santo, Vitória viveu um período difícil, como todo o mundo. É o que revela a vice-prefeita. Segundo ela, a pasta passou por um momento crítico no período da pandemia, quando funcionários se expuseram e colocaram familiares em risco e foram verdadeiros heróis.

Vice-prefeita visita unidades de saúde de Vitória (Foto: Assessoria de Comunicação)

A área da Saúde Pública passou um período de muita pressão no ponto alto da pandemia da covid-19, que trouxe desdobramentos no ambiente hospitalar e em suas instalações e métodos, mas, principalmente, sobre o profissional de saúde que assumiu a linha de frente, com um risco pessoal e familiar muito elevado, além da grande exposição ao luto dentro dos locais de trabalho e fora. Foi um momento muito delicado que revelou esses profissionais como heróis desta guerra, mas eu sempre menciono que ser herói também tem ônus: o peso da responsabilidade, da cobrança, da exaustão, da doação gratuita em um cotidiano de caos que pode, como na Segurança Pública, fazer com que nos acostumemos com a urgência e a emergência e percamos a sensibilidade e até a empatia, para não dizer a humanidade”, relata.

Estéfane acredita que, agora, seja um momento extremamente propício para cuidar desses profissionais que ajudaram a controlar os riscos da pandemia com a vacinação e a manutenção do atendimento regular.
“Para além da pandemia, as demandas cotidianas continuaram e continuam: exames, consultas, emergências diversas, epidemias variadas, regionais ou sazonais; além do dever do Sistema Único de Saúde (SUS) de ter as portas abertas. Nesse sentido, Vitória, por ser a capital do Estado, recebe muitos usuários de outros municípios, seja do interior ou da Região Metropolitana da Grande Vitória e, por isso, precisa manter a qualidade do atendimento e do planejamento da gestão em saúde nas diversas unidades de atendimento. Nós temos aspectos a melhorar na saúde do município, dada a complexidade deste serviço e também a algumas peculiaridades regionais ou de especificidade de atendimento. Neste sentido, acredito que os prontos atendimentos sejam os mais questionados pela população, até pela situação da urgência dos pacientes e do desconforto que uma enfermidade ou dor, qualquer que seja ela, traz para quem é acometido dela”, explica.

De qualquer forma, segundo a vice-prefeita, os profissionais de saúde do município têm se empenhado para bem atender o cidadão e para humanizar o acolhimento e o ambiente das unidades de saúde, como acontece na Casa Rosa que é um equipamento da saúde pública municipal pensado para acolher mulheres e famílias vítimas de violência.

Vice-prefeita visita unidades de saúde de Vitória (Foto: Assessoria de Comunicação)

Eu tive o prazer de coordenar o planejamento e estruturação da Casa Rosa no primeiro ano de gestão e fico muito feliz com a busca contínua por aperfeiçoamento e integração entre as secretarias para bem atender a população. Vamos seguir acompanhando, ao lado da população, e buscando agregar melhorias e adequações que se mostrem necessárias junto à gestão desta imprescindível pasta comandada hoje pela secretária Magda Lamborguini. Não nos furtaremos à obrigação de buscar ofertar uma saúde pública de qualidade na nossa querida cidade para quem dela precise”, finaliza.

Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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