Amazonas sufocado e a incompetência das autoridades


Com ar impuro e fumegante, o estado do Amazonas sofre sua quinta maior seca até o momento, situação que pode piorar. O fenômeno El Niño e o aquecimento das águas do atlântico explicam, apenas em parte, a tragédia que escalou com queimadas. A projeção do governador Wilson Lima (União Brasil) é que 500 mil pessoas estejam sem acesso à água e alimentos.
Entrevista com residente
A moradora da capital amazonense Izabele Santiago relatou à coluna que se a seca continuar até o final de outubro, será maior que a de 2010. Enfatizou que nunca havia vivido a situação de diariamente acordar com fumaça e neblina, que antes sempre houve um espaçamento de tempo e a cidade estaria, em tese, na sua época de chuvas.

Culpabiliza os governos estadual e federal pela falta de visibilidade de Manaus que, segundo ela, sempre ficou em segundo plano. Também reclama dos ministros de Lula terem ido averiguar a situação no início de outubro, sendo que os fatos iniciaram em julho. Além disso, lembrou da situação de fome que muitos estão passando pelos comércios dos ribeirinhos estarem sendo prejudicados e da falta de sensatez da mídia, que enfoca exclusivamente os impactos na economia.

Mudanças climáticas
Marcando 39,2°C, a capital superou um recorde de temperatura de 1999. O problema de ebulição global, termo usado recentemente pela ONU para mensurar a gravidade do momento em que o mundo passa, não é único do norte, nem do Brasil, que registrou uma onda de calor excepcional e projeções do verão mais abrasador da história para 2024. A ONG CarbonPlan aponta que Manaus será a segunda cidade mais quente do globo em 2050, tendo 258 dos 365 dias de um ano com temperaturas mínimas acima dos 30 graus e atrás só de Pekanbaru, na Indonésia.

A equipe do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia explica que os rios mais baixos e o lixo urbano despejado pela população nos mananciais podem ter contribuído para a morte de animais aquáticos na região. Alertaram ainda que o desmatamento agravou as outras reações.

De quem é a culpa?
O processo de denúncia do desmatamento é, em geral, ambíguo e genérico. Ongueiros estrangeiros como membros do Greenpeace servindo a potências dão suporte a líderes como Macron que desejam internacionalizar a Amazônia, território lotado de riquezas e dos quais 60% pertencem aos brasileiros. Não é um exagero defender que esses literais espiões sejam expulsos da nação.
O setor agropecuário e a infraestrutura para a realização da atividade saem impunes, afinal representam 25% do PIB e possuem enorme poder político, inclusive com bancada eleita no Congresso Nacional.

Você pode agir?
Já têm décadas que os ambientalistas mainstream defendem que cada um faça sua parte, economizando água, dando preferência aos transportes públicos e usando ecobags. Não passa de uma ilusão farsesca, pois o impacto disso tudo e dos canudos e copos de plástico é quase zero. Quem polui, desmata e destrói são indústrias e governos, por muitas vezes em conluio, e eles não largarão o osso tão cedo.

Encontrar uma maneira de proteger, simultaneamente, o meio ambiente e a indústria nacional de um país em desenvolvimento, não é uma tarefa fácil, no meio tempo as nações de primeiro mundo pressionam o Brasil, mesmo sendo os mais danosos ao planeta segundo o Climate Trade.
