Paleo & Arqueologia

Pegadas de dinossauros de 100 milhões de anos são descobertas no Alasca

As pegadas estão tão bem preservadas que os pesquisadores conseguiram até mesmo identificar as espécies que as fizeram

Por Mateus Dias

Cientistas descobriram um enorme número de pegadas de dinossauros que viveram há cerca de 100 milhões de anos, em meados do Cretáceo, no noroeste do Alasca. Além dos vestígios desses animais, os pesquisadores também puderam saber mais sobre o clima na região. As pegadas forma descoberta na Bacia Coke da Formação Nanushuk, no Alasca. A datação de carbono desses vestígios data de cerca de 94 a 133 milhões de anos atrás. A descoberta foi feita durante investigações entre 2015 e 2017 ao lado de plantas fossilizadas, tocos de árvores e outras evidências de dinossauros.
Segundo estudo publicado no Geoscience, as cerca de 75 pegadas descobertas estavam tão bem preservadas, que os pesquisadores conseguiram até mesmo identificar os dinossauros que as fizeram. A maior parte das pegadas encontradas, cerca de 59%, foi deixado por dinossauros herbívoros e bípedes. O restante, 17% são de herbívoros quadrúpedes, 15% das aves e 9% de carnívoros bípedes não aviários.

Essas pegadas descobertas não são a única evidência de dinossauros vivendo no Alasca. No ano passado, uma parede de pegadas foi encontrada no Parque Nacional Denali, a qual os pesquisadores chamaram de “coliseu dos dinossauros”. A partir dos vestígios, os pesquisadores conseguiram saber mais sobre a migração animal há 100 milhões de anos. Além disso, as pegadas também permitiram lançar luz sobre o clima do médio Cretáceo.

Esse período foi o ponto mais quente do Cretáceo. A Formação Nanushuk nos dá uma ideia de como é um ecossistema de alta latitude em uma Terra mais quente”, diz Paul McCarthy, coautor da pesquisa, em comunicado.

A análise de isótopos de carbono de algumas das amostras de madeira também revelou que a região recebia cerca de 178 centímetros de chuva anualmente, muito mais úmida do que hoje. Essa evidência é consistente com o Máximo Térmico do Cretáceo, um padrão global onde as temperaturas eram mais altas do que atualmente.

Fonte: Olhar Digital

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