Plástico japonês se dissolve na água do mar em horas

Plástico criado por cientistas no Japão é não tóxico, não poluente e atrai atenção da indústria por seu potencial sustentável
Um novo tipo de plástico, desenvolvido por cientistas no Japão, despertou grande interesse da indústria de embalagens por sua capacidade de se degradar rapidamente na água do mar. A inovação atraiu a atenção devido ao seu potencial de reduzir significativamente o impacto ambiental do lixo plástico.
O material se decompõe em apenas duas ou três horas, dependendo de sua espessura e tamanho, transformando-se em compostos nutritivos para bactérias oceânicas. Essa solução promissora pode contribuir de forma importante para diminuir a poluição marinha. Segundo o portal Good News Network, a quantidade estimada de resíduos plásticos nos oceanos chega a 3.000%.
A pesquisa foi realizada em um laboratório na cidade de Wako, próximo a Tóquio. Os cientistas utilizaram dois monômeros iônicos para formar uma ligação salina na base do novo polímero plástico. Embora mantenha resistência e flexibilidade comparáveis às dos plásticos convencionais derivados de petróleo, o material se dissolve rapidamente ao entrar em contato com a água salgada do oceano, devido à sua alta sensibilidade ao sal.
O desenvolvimento é fruto de uma parceria entre o RIKEN Center for Emergent Matter Science e a Universidade de Tóquio. Embora ainda não haja planos definidos para a comercialização do novo plástico, os pesquisadores já receberam manifestações de interesse de representantes do setor de embalagens.
Além de não ser tóxico nem inflamável, o plástico também não emite CO₂. Diferentemente das garrafas e embalagens plásticas convencionais, ele não libera produtos químicos ou microplásticos no corpo humano. Outro benefício é sua degradação em solos: devido à presença de pequenas quantidades de sódio na maioria dos tipos de solo ao redor do mundo, o plástico também se decompõe em poucas semanas quando enterrado.
Como as crianças não podem escolher o planeta em que viverão, é nossa responsabilidade, como cientistas, garantir que deixemos o melhor ambiente possível para elas”, afirmou Takuzo Aida, líder da equipe de pesquisa.
Fonte: CicloVivo