Ciência

O composto químico descoberto em amostras da lua

Em missão para decifrar fragmentos da lua coletados em 1972, a Nasa se deparou com um composto químico inesperado

Por Felipe Sales Gomes

Cientistas divulgaram resultados de uma investigação sobre fragmentos de solo lunar trazidos pela missão Apollo 17, concluída em dezembro de 1972. O estudo indica que as rochas não compartilham exatamente a mesma composição que as terrestres, o que levanta novas questões sobre como a Lua se formou e evoluiu.
Os pesquisadores trabalharam com amostras seladas em tubos de hélio e guardadas por décadas nas instalações da agência espacial norte-americana, com o objetivo de usar tecnologias modernas para análise mais detalhada. Eles avaliaram isótopos de enxofre-33 (³³S) nas amostras e descobriram proporções diferentes das encontradas na Terra, o que sugere que os processos químicos que a Lua viveu no passado diferiram dos terrestres.

Uma hipótese é que essas diferenças se originaram nas etapas iniciais da formação lunar — por exemplo, quando um objeto de tamanho próximo ao de Marte colidiu com a Terra e deu origem ao satélite, segundo o modelo mais aceito. Alternativamente, os elementos observados poderiam ter sido alterados por processos geológicos internos da Lua em sua juventude. Em ambos os casos, a descoberta reforça a ideia de que a Lua tem uma história geológica mais complexa e menos similar à da Terra do que se imaginava até agora.

Com essas novas evidências, a comunidade científica avalia a necessidade de revisar modelos de origem da Lua, de estudar com mais profundidade o solo lunar e de planejar futuras missões para coletar amostras de regiões ainda pouco exploradas — como o polo sul lunar. As análises das amostras da Apollo 17 mostram que mesmo materiais coletados há décadas ainda podem gerar impactos nos nossos entendimentos sobre o sistema solar.

Fonte: Aventuras na História

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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