Bem-estar

Sua crença sobre o que é felicidade pode impactar sua vida, diz estudo

Pesquisadora revela que nossas crenças sobre a felicidade influenciam metas, decisões e o modo como buscamos bem-estar no dia a dia

Por Isabella Bisordi

A felicidade é um dos temas mais estudados pela psicologia, mas um novo olhar sobre o assunto vem ganhando força na ciência. Uma pesquisa conduzida pela psicóloga Lora Park, da Universidade de Buffalo (EUA), revelou que a forma como cada pessoa entende a felicidade influencia diretamente seus hábitos, escolhas e metas diárias.
O estudo, publicado na revista científica Emotion, mostra que nossas crenças sobre o que é ser feliz (e como se chega lá) funcionam como um mapa interno que guia comportamentos, decisões e até o nível de satisfação com a vida. Segundo Park, algumas pessoas enxergam a felicidade como algo a ser construído com o tempo. “As pessoas podem pensar na felicidade como um investimento, semelhante a como alguém pode colocar dinheiro numa conta poupança e vê-la crescer com o tempo. Trabalhar duro e fazer sacrifícios em direção a seus importantes objetivos de longo prazo os tornará mais felizes no futuro”, explica a pesquisadora.

Esse grupo tende a valorizar estabilidade, planejamento e conquistas progressivas. São pessoas que se sentem realizadas ao ver seus esforços renderem frutos, mesmo que isso signifique adiar recompensas momentâneas. Por outro lado, há quem enxergue a felicidade como algo mais fluido, que muda de acordo com o momento.

Pessoas podem pensar na felicidade como passageira, semelhante a como alguém pode colocar dinheiro no mercado de ações e vê-lo flutuar dia após dia, sem saber quando o mercado estará em alta ou em baixa. Dessa forma, é provável que acreditem em ‘viver o momento’, aproveitando as oportunidades para se sentirem felizes agora, em vez de adiar a felicidade para um futuro desconhecido”, complementa Park.

Essa visão está mais ligada ao presente e à valorização das pequenas alegrias cotidianas — um café tranquilo, uma conversa leve, uma caminhada sob o sol. Segundo os pesquisadores, não existe uma única forma “certa” de entender a felicidade. O segredo está em ser flexível: saber equilibrar o prazer do agora com o propósito de longo prazo. Essa capacidade de alternar entre os dois modos de pensar pode ajudar a maximizar o bem-estar e a satisfação na vida diária. Em tempos de correria e cobrança por resultados, o estudo nos lembra que o conceito de felicidade é pessoal, dinâmico e pode (e deve) se adaptar às fases da vida.

Fonte: Bons Fluidos

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

Related Posts

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

EnglishPortugueseSpanish