Perseverance: como será a missão que buscará sinais de vida em Marte
Veículo espacial da Nasa foi lançado em 30 de julho de 2020 com o objetivo de realizar análises químicas do solo e da atmosfera do Planeta Vermelho
Nesta quinta-feira (30), a Nasa lançou o rover Perseverance em direção a Marte, a partir de sua base em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA). O robô está previsto para aterrissar no Planeta Vermelho em fevereiro de 2021, e a missão durará ao menos um ano marciano (cerca de 687 dias terrestres).
O veículo espacial pousará na cratera Jezero, onde estudos já mostraram que um dia pode ter ocorrido chuva e a formação de rios. “A cratera Jezero foi selecionada por ser o local em Marte que provavelmente preservaria sinais de vida que teria habitado Marte bilhões de anos atrás, quando a vida microbiana estava começando na Terra”, explicam Briony Horgan e Melissa Rice, pesquisadoras financiadas pela Nasa, em texto publicado no The Conversation.
Além de procurar por sinais de vida marciana, a missão coletará amostras de solo e testará a capacidade de produzir oxigênio a partir da atmosfera de Marte. Esta última etapa é, sem dúvidas, crucial para a o desenvolvimento de futuras tecnologias que nos permitirão habitar o Planeta Vermelho.
“Um dos muitos desafios para os astronautas será a lista de bagagem para uma viagem de ida e volta que durará dois anos”, escreveram Horgan e Rice. “[A bagagem deve] incluir ar, água e combustível de foguete para voltar para casa. Se esses recursos pudessem ser retirados de Marte, as missões humanas seriam muito mais viáveis”.
Ingenuity
No fim de junho, a Nasa anunciou que o Perseverance levaria um helicóptero acoplado em sua estrutura. O maior desafio desta parte da missão será proporcionar um pouso tranquilo e seguro para Ingenuity, nome da aeronave que viajará com a sonda espacial.
O sucesso da missão abrirá portas para pesquisas futuras em outras áreas, como falésias, cavernas e crateras profundas. “O Ingenuity é um conjunto de hardware grande, frágil e único, diferente de tudo o que a Nasa já acomodou em uma missão planetária”, observou Chris Salvo, um dos desenvolvedores do aparelho, em comunicado.
Fonte: Revista Galileu