Cinco benefícios da amamentação comprovados pela ciência
O aleitamento materno traz diversos benefícios à saúde da mãe e do bebê: entre eles, reforço da imunidade da criança e prevenção à depressão pós-parto
Celebrada desde 1992 entre os dias 1º e 7 de agosto, a Semana Mundial do Aleitamento Materno é uma campanha da Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, na sigla em inglês), com ações de conscientização em 120 países e 14 idiomas. Em 2020, o tema central é “Apoie o aleitamento materno para um planeta mais saudável”, chamando a atenção para a relação entre amamentação, meio ambiente e mudanças climáticas.
A WABA foi formada a partir da Declaração Innocenti, documento elaborado em 1990 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A declaração busca estimular políticas públicas para promover e apoiar a amamentação, que tem seus benefícios para mãe e bebê (e o mundo) cada vez mais reconhecidos pela ciência.
Conheça cinco vantagens de amamentar cientificamente comprovadas:
Alimento completo
O leite materno contém — nas proporções corretas — todos os nutrientes de que um bebê precisa. Inclusive, a composição se adapta às necessidades da criança: por exemplo, nos primeiros dias após o parto, as mães produzem o colostro, um líquido espesso e amarelado rico em proteínas e com pouco açúcar. Depois disso, os seios começam a aumentar a produção de leite, conforme o estômago do bebê cresce. A OMS recomenda que a amamentação seja exclusiva nos primeiros seis meses de vida da criança e, depois disso, intercalada com alimentos sólidos até os dois anos de idade.
Rico em anticorpos
O leite materno contém anticorpos essenciais para o combate de vírus e bactérias por parte do organismo do bebê. O colostro, em especial, fornece grandes quantidades de imunoglobulina A (IgA). Esse anticorpo é produzido pela mãe quando exposta a agentes infecciosos e é transmitido via aleitamento para a criança. A IgA se aloja nas vias respiratórias, garganta e sistema digestivo do pequeno, formando uma espécie de camada que o protege de doenças como a gripe.
Bom para a saúde
O leite da mãe traz outros benefícios para a saúde da criança, prevenindo também condições e doenças que podem levar à hospitalização, como a Síndrome da Morte Súbita Infantil, uma das principais causas de morte de bebês com menos de um ano de idade. Segundo o National Health Service (NHS), o sistema público de saúde britânico, o aleitamento materno até os seis meses também reduz o risco de leucemia infantil.
Perda de peso para as mães
Amamentar intensifica a demanda de energia das mães em cerca de 500 calorias diárias. As mudanças hormonais do período aumentam o apetite, mecanismo necessário para a produção do leite. Assim, mães lactantes costumam perder menos peso nos primeiros três meses após o parto do que aquelas que não amamentam. No entanto, estudos indicam que, passado o primeiro trimestre, a proporção se inverte: as mães que amamentam têm um aumento na queima de gordura.
Antídoto para a depressão
Estudos mostram que as mulheres que amamentam são menos propensas a desenvolver depressão pós-parto, condição que aflige 15% das mamães. A amamentação provoca mudanças hormonais, como o aumento da produção da ocitocina, hormônio que age nas regiões cerebrais responsáveis por estimular o cuidado maternal, a criação de laços entre mãe e filho e a sensação de relaxamento.
Fonte: Revista Galileu