Extrato de planta pode reduzir diabetes, obesidade e gordura no fígado

Em testes em animais, o extrato da Picramnia excelsa, popularmente conhecida como cedrico, apresentou propriedades terapêuticas contra problemas que atingem milhões de brasileiros
Uma planta nativa da Floresta de Araucárias, localizada na região sul do Brasil, pode ajudar a perder de peso, a reduzir o açúcar no organismo e também o acúmulo de gordura no fígado.
É o que mostram estudos com a Picramnia excelsa, mais conhecida como cedrico.
A planta foi analisada por pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo, no Paraná.
Testes
Para chegar a esses resultados, os cientistas realizaram testes em ratos albinos.
Os animais foram induzidos à obesidade e ao diabetes mellitus ao consumirem uma dieta hipercalórica e hiperglicêmica ao longo de 24 semanas, enquanto eram pesados semanalmente.
Os roedores continuaram a receber a mesma dieta, mas parte deles passou a ingerir também um extrato seco da casca da Picramnia excelsa por 30 dias.
Outros serviram como grupo de controle e não consumiram a planta brasileira.
Obesidade
Durante esse tratamento, o peso dos animais foi verificado a cada três dias e os cientistas perceberam que pararam de engordar.
“Ao final dessa dieta, observamos que os ratos que foram tratados com cedrico não continuaram a ganhar peso como os que pertenciam ao grupo de controle, que continuaram a consumir a dieta hipercalórica e hiperglicêmica sem tratamento algum”, relata Eliane Carvalho de Vasconcelos, professora da Universidade Positivo.

Diabetes
Houve uma melhora também nos índices glicêmicos dos animais que consumiram o extrato de Picramnia excelsa.
“Os ratos continuaram diabéticos, porém, conseguiram regular o nível de açúcar no sangue de forma melhor do que o grupo de controle”, explica.
Gordura no fígado
Além desses benefícios, o maior achado do estudo foram os efeitos hepatoprotetores da planta brasileira, acredita Eliane.
“Os parâmetros bioquímicos do fígado foram todos normalizados a partir desse tratamento”, conta a pesquisadora.
“Se a gente consegue reduzir as lesões e a gordura nesse órgão, já resolvemos grande parte das complicações da obesidade e do diabetes, porque fazemos com que o fígado funcione normalmente”.
Fonte: Revista Galileu