Comportamento & Equilíbrio

Lockdown atingiu em cheio sono, saúde e hábitos de exercício no mundo todo

Segundo levantamento global, ficar em casa não se refletiu em práticas mais saudáveis — na verdade, contribuiu para agravar os índices de obesidade e transtornos mentais

Um estudo inédito conduzido pelo Centro de Pesquisa Biomédica Pennington, nos Estados Unidos, mostra como o isolamento social causado pela pandemia de Covid-19 alterou drasticamente os hábitos de pessoas do mundo inteiro — para pior.
É indiscutível que a medida foi (e ainda é) essencial para conter a transmissão do novo coronavírus, mas é importante avaliar como o “novo normal” está afetando nosso dia a dia, de forma positiva e negativa. “De maneira geral, a alimentação saudável aumentou porque comemos menos fora. No entanto, petiscamos mais. Fizemos menos exercícios. Fomos para a cama mais tarde e dormimos menos. Os níveis de ansiedade dobraram”, disse Leanne Redman, diretora-executiva associada de educação científica do centro de pesquisa, em nota.
Os pesquisadores também observaram que os efeitos do bloqueio foram ainda maiores entre indivíduos obesos: um terço ganhou peso durante a quarentena, em comparação com 20,5% das pessoas com peso considerado normal para seu IMC.
O estudo foi realizado de forma virtual durante o mês de abril. Mais de 12 mil pessoas em todo o mundo receberam o questionário, sendo que 7.754 responderam. A maioria dos entrevistados era dos Estados Unidos, mas moradores da Austrália, do Canadá, do Reino Unido e de mais de 50 outros países também participaram.
“Esse estudo é o primeiro a pesquisar milhares de pessoas em todo o mundo sobre as mudanças de comportamento no estilo de vida em resposta a pedidos de estadia em casa. (…) O estudo demonstra que doenças crônicas como a obesidade afetam nossa saúde além do físico”, comenta John Kirwan, diretor-executivo da instituição, também em comunicado.
Por fim, os estudiosos sugerem que médicos e cientistas modifiquem a maneira como tratam os pacientes com obesidade, aumentando o número de exames de saúde mental durante e após a pandemia e mantendo o contato com esses pacientes por meio de visitas remotas ou teleconsultas.

Fonte: Revista Galileu

Related Posts

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

EnglishPortugueseSpanish