Bem-estar

Cinco Truques para plantas sempre saudáveis

Dicas simples e práticas para quem ama plantar e cultivar o verde, mas ainda perde uma planta de vez em quando

Quem nunca passou pela decepção de trazer uma linda planta para casa e, depois de alguns dias, ela simplesmente morre, fazendo a gente se sentir a pessoa mais descuidada do mundo? É uma situação muito comum, mas que muitas vezes pode ser evitada tomando pequenos cuidados.
As plantas são seres vivos e, como tais, têm uma série de necessidades básicas para se manterem saudáveis e, acredite, elas nos comunicam quando as coisas não vão bem!

(Foto: iStock)

Antes de morrer elas normalmente dão sinais de que precisam de cuidado: elas perdem o viço, murcham, ficam com folhas manchadas ou amareladas.
Por isso, o bom jardineiro é aquele que está sempre de olho e que observa as alterações e consegue tratá-las antes que seja tarde.
Pequenas atitudes, como mudar o vaso de lugar, podem fazer milagre! Mas além desta simples dica, alguns truques ajudam a ter lindas plantas dentro de casa e no jardim.

Truque 1 — A planta certa para o lugar certo

Assim como nós, as plantas têm um tempo de vida. Nenhuma planta vive para sempre. Então, o primeiro passo é entender seu ciclo de vida.
Existem plantas perenes, que têm a vida mais prolongada e espécies anuais ou bianuais, que têm um ciclo de vida curto de um ou dois anos. Estas últimas geralmente morrem depois de florescerem e produzirem sementes.
As plantas anuais, normalmente são plantas mais coloridas, bonitas, exuberantes e, por isso, muito usadas como flores de corte e decoração. Exemplos delas são a petúnia, amor-perfeito, margarida, dália, sempre-viva, boca-de-leão, girassol e gloxínia. Também entram no campo das plantas anuais a maioria das hortaliças. Portanto, plante, mas saiba que a vida delas não é longa.
Já as espécies perenes são ideais para fazer canteiros em jardins, justamente por terem um ciclo de vida mais alongado.
Além disso, há plantas de sol, meia-sombra e sombra. A partir da necessidade de luz que a planta requer do local onde será instalada, dá para iniciar a escolha das plantas adequadas.
Uma busca na internet pode ajudar a escolher melhor as espécies para cada ambiente. Além disso, nas lojas de jardinagem os atendentes conhecem as necessidades de luz que cada planta precisa e podem auxiliar na escolha.
Uma boa dica para saber as necessidades das plantas, é verificar a origem natural delas. Por exemplo: as orquídeas geralmente nascem nos troncos das árvores, portanto, são plantas de sombra e que não gostam de ficar encharcadas (a água passa pelos troncos, molha as raízes e escorre).

Truque 2 — Necessidade de água

(Foto: Pixabay)

Em geral as plantas morrem mais por excesso de água do que por falta. Isso porque muitas plantas conseguem passar por um grande período sem rega, já o excesso apodrece as raízes e cria fungos.
Espécies de interior geralmente devem ser regadas de uma a duas vezes por semana, mas isso depende muito da época do ano e da temperatura ambiente.
Já um jardim novo deve ser regado todos os dias. Normalmente depois de um ou dois meses a rega pode ser mais espaçada, mas isso depende muito da região e a quantidade de calor do dia. Com a queda da evaporação no inverno, você deve molhar menos.
Na dúvida, toque a terra com o dedo, se sentir que a terra está meio úmida, não molhe.
Há ainda plantas que não gostam muito de água. Em geral são plantas originárias de locais desérticos ou com muita areia na composição do solo.

Truque 3 — Drenagem e uso de substrato adequado

Falamos da necessidade da rega adequada, mas apenas isso não garante o sucesso. É preciso distinguir se a planta precisa de um solo mais úmido ou mais seco.
Por exemplo, o lírio-da-paz é uma planta que aprecia muita água. Ele deve ser molhado constantemente e a terra onde está plantado deve ser mais argilosa do que arenosa. Isso porque a argila retém a umidade, enquanto a areia drena melhor.
As suculentas, ao contrário, devem estar em um vaso bastante drenado, por isso a composição do solo delas deve ser mais arenosa do que argilosa.
Felizmente hoje existem substratos específicos para cada tipo de planta, o que já ajuda muito.
Nas plantas de vaso, recomenda-se que a camada do fundo tenha cerca de três centímetros de pedras ou de argila expandida. Isso faz com que a água não se acumule na parte de baixo do vaso, evitando fungos.

Truque 4 — Adubos são as “vitaminas” das plantas

As plantas precisam mais do que água e terra para ficarem sempre bonitas. É como se água e terra fossem feijão com arroz da planta e os adubos, seriam os legumes, as frutas e as verduras.
É através dos adubos que as plantas recebem as “vitaminas” que mais precisam. No caso das plantas, os nutrientes mais importantes são nitrogênio, fósforo e potássio, também conhecido como NPK que vem no rótulos de muitos adubos.
Porém existem os micronutrientes como zinco, ferro, manganês, boro e outros que garantem a saúde e a beleza mais duradouras.
Há inúmeros produtos no mercado, mas nem todos contêm nutrientes e micronutrientes. Faça uma pesquisa e sempre procure usar adubos orgânicos.
A adubação deve ser feita a cada 15 dias ou uma vez ao mês. Dessa maneira a planta dificilmente fica doente e torna-se mais resistente às pragas.

Truque 5 — Troca de vasos e podas

Muitas vezes a planta cresce demais e as raízes tomam conta de boa parte do vaso, ocupando o espaço da terra e, consequentemente, absorvendo menos nutrientes.
É hora de buscar um vaso maior e fazer a mudança renovando a terra e fazendo nova camada de drenagem no fundo vaso para evitar o acúmulo de água.
As vezes não é necessária a troca do vaso, mas é preciso podar. Não tenha medo das podas!
Quando você corta alguns galhos e folhas, a planta deixa de gastar a energia desnecessária e se concentra nos ramos novos. Distinguimos as podas em dois tipos:

  • Podas de limpeza: para eliminar galhos secos e folhas danificadas ou alguma doença que a planta pode ter;
  • Podas de formação: para garantir um formato mais adequado e equilibrado.

Prefira fazer as podas no inverno. Jardineiros antigos dizem que as podas devem ocorrer nos meses que não têm a letra “R”. Ou seja, maio, junho, julho e agosto. Coincidência ou não, são os meses mais frios, período que as plantas hibernam e é o período ideal para podas.
Seguindo essas dicas, você pode se aventurar no mundo da jardinagem sem medo. Mas é preciso saber que mais do que qualquer truque, o que manterá suas plantas sempre perfeitas será a sua observação diária às necessidades delas.
Com certeza, se isso for um prazer para você, suas plantas responderão ao seu carinho com toda a exuberância possível.
E com a prática, você passará a decodificar os sinais com mais facilidade e dentro de pouco tempo poderá a ser promovido ao mais novo dedo-verde do mundo. Boa jardinagem!

Fonte: CicloVivo

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