Ciência

Fóssil de ancestral de tiranossauro é encontrado em cidade do interior do Rio Grande do Sul

A Universidade Federal de Santa Maria fez uma grande descoberta científica: um dos fósseis de dinossauro mais antigos do mundo foi encontrado em terras gaúchas! Os paleontólogos acreditam que se trate de um exemplar com 230 milhões de anos de idade.
O fóssil foi encontrado em São João do Polêsine, a oeste de Porto Alegre, capital gaúcha. Trata-se de um dinossauro da família Herrerasauridae, que viveu no período Triássico (período que foi de 252 a 201 milhões de anos atrás). Esse tipo de animal é considerado o ‘T-Rex’ de sua época. O nome da nova espécie descoberta é Gnathovorax cabreirai.
“[Ele] fez uma viagem dentro da rocha muito bem conservada. Não houve alterações de forma, dos ossos, dos dentes. Quase não houve alteração de cor”, disse o paleontólogo Sérgio Cabreira, que estava no grupo de pesquisa que encontrou o animal, em entrevista à RBS. A descoberta foi feita pelo Cappa, o Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia da Universidade Federal de Santa Maria. O fóssil é importantíssimo para a comunidade científica porque é o exemplar mais completo desse tipo de dinossauro até então, podendo dar mais pistas sobre o modo como esses animais viviam e sobre suas características biológicas.
“Ele é o mais completo fóssil de um dinossauro do grupo dos herrerassaurideos. No mundo, nunca havia sido coletado um único espécime tão completo desse grupo. Além disso, ele é interessante porque os membros desse grupo (Herrerasauridae) foram animais de topo de cadeia alimentar, de modo que ele ocupava um papel de destaque nos ecossistemas terrestres do Período Triássico. O grau de completude do espécime nos permitiu levantar muitos dados, até então desconhecidos ou pouco explorados”, afirmou Rodrigo Temp Muller, paleontólogo do Cappa/UFSM, em entrevista à revista Arco. Em novembro de 2018, já havíamos reportado outra descoberta da equipe de Paleontologia da Universidade Federal de Santa Maria, que localizou o fóssil do dinossauro com o pescoço longo mais antigo do mundo. O Macrocollum itaquii é outro animal do período Triássico, foco de pesquisa do Cappa.

O Gnathovorax em representação artística (Foto: ©Márcio L. Castro)

“O Macrocollum itaquii ajuda a entender como eram os dinossauros que antecederam esse momento e também quais características podem ter levado ao grande sucesso posterior do grupo”, afirmou a UFSM em nota sobre uma das mais importantes descobertas da Paleontologia no Brasil até então. Quem for da região da Quarta Colônia ou estiver de passagem, vale fazer uma visita presencial ao Cappa, onde os fósseis estão expostos. O centro está aberto de segunda a sábado durante a manhã e à tarde. Para quem deseja fazer uma visita em grupo, basta mandar um e-mail para cappa@ufsm.br.

Fonte: Hypeness

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