Saúde

Cansaço, dormência, câimbra: sinais que indicam deficiência nutricional

Cansaço fora do normal, dormência nas mãos ou nos pés, queda exagerada de cabelo, desânimo constante e outras sensações parecidas costumam passar despercebidas por quem conhece pouco o próprio corpo. Pode até ser que rotinas muito atarefadas e as exigências do dia a dia resultem em efeitos próximos, mas também é possível que sua alimentação não esteja suficientemente nutritiva para dar conta de tudo o que seu organismo precisa.
Quantas vezes percebemos mudanças relacionadas ao bem-estar, mas as silenciamos por acreditar que vão se resolver sozinhas? Diferentemente do que se imagina, sinais físicos não são o começo do problema. Quando causados por deficiência nutricionais, eles indicam que algo já vem errado há algum tempo, pois os sintomas não são imediatos. Neste caso, a orientação é procurar um profissional da saúde que possa avaliar o quadro de maneira geral.
Unhas quebradiças e dificuldade de cicatrização são evidências físicas, mas alterações que envolvem a mente também aparecem, como falta de concentração e dificuldade de memorização. A falta de vitamina B12, por exemplo, além de promover fadiga e sensação de cansaço constante, pode implicar em prejuízos na concentração e desencadear sintomas depressivos. Isso porque a falta desse nutriente afeta a produção de serotonina e dopamina, neurotransmissores essenciais para o bom funcionamento do cérebro.
A vitamina B12, encontrada em carnes, ovos, leite e derivados, e nos peixes de água fria, como atum, salmão e truta, participa ainda de funções básicas do organismo, como manter o metabolismo ativo e agir na produção de glóbulos vermelhos no sangue. Além de mexer com essas tarefas essenciais do corpo, sua ausência também pode deixar a respiração dificultada e os ossos mais fracos.
Exames como hemograma, ferritina e transferrina conseguem identificar algumas deficiências de nutrientes no corpo, sendo que, para investigar a situação de cada um deles são necessários exames específicos. Por exemplo, o 25-hidroxi-vitamina D é realizado para avaliar o armazenamento de vitamina D, o ácido fólico serve para aferir o nível desta vitamina no sangue e assim por diante. Para entender o que acontece no organismo quando faltam nutrientes específicos, selecionamos alguns exemplos.
Cálcio — É o mineral em maior quantidade no organismo. No entanto, os sinais de deficiência não aparecem facilmente no dia a dia, por isso é importante a realização de exames. A falta de cálcio pode levar à osteopenia (quando o corpo não produz um novo osso tão rapidamente quanto reabsorve o osso antigo) e se desenvolver como osteoporose, além de causar problemas dentários e raquitismo (amolecimento e enfraquecimento dos ossos) na infância.
Ferro — Atua principalmente na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo. Por isso, o principal relato de pessoas com necessidade de reposição de ferro é o cansaço, em especial durante a prática de atividade física. Sua falta pode levar à anemia e, no caso de mulheres, por conta da perda mensal de sangue na menstruação, as chances de deficiência de ferro são ainda maiores.
Zinco — Tem papel essencial nos processos metabólicos do corpo, além de influenciar na resposta imune do organismo, em funções neurológicas e reprodutivas. A deficiência se revela em sinais físicos como diarreias constantes, perda de cabelo acentuada e inflamação na pele, mas também podem aparecer problemas de concentração.
Vitamina — D Por mais que seja chamado de vitamina, esse é um nutriente que o organismo é capaz de produzir, sendo o sol sua principal fonte. Importante para a absorção de cálcio e fósforo, quando apresenta níveis baixos pode resultar em enfraquecimento dos ossos, dificuldade de cicatrização, dor muscular e aumento de peso. A vitamina D está associada à imunidade e resistência, além de ser relevante em tratamentos de doenças inflamatórias e intestinais.
Potássio — O principal sintoma da deficiência de potássio é a câimbra recorrente. Esse é um nutriente que pode ser encontrado no leite e seus derivados, além de carnes, amendoim, frutas e hortaliças como melão, mamão, abacate, cenoura e batata.
Com uma alimentação rica em vitaminas, minerais e equilibrada em proteínas, gorduras de boa qualidade e carboidratos complexos, não há necessidade de realizar nenhum tipo de suplementação, a não ser em caso específicos. São eles: cirurgia bariátrica, alguns tipos de câncer, síndrome do intestino irritável ou anemia provocada por alguma hemorragia, por exemplo.
É essencial, porém, que cada indivíduo seja avaliado individualmente por meio da combinação de uma análise dos sintomas que apresenta e dos exames realizados. Isso vai permitir entender se realmente há uma deficiência ou se os valores apresentados são considerados normais de acordo com a fisiologia da pessoa.

Fonte: UOL

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