Virgin Galactic fará novo teste de sua espaçonave em 13 de fevereiro

A Virgin Galactic marcou para 13 de fevereiro mais um teste suborbital da VSS Unity. Se tudo correr como programado, esta será a primeira vez que sua espaçonave irá ao espaço desde fevereiro de 2019. O teste estava originalmente programado para 12 de dezembro passado, mas foi interrompido porque a sequência de ignição não foi concluída. O computador de bordo que monitora o sistema de propulsão perdeu a conexão com sensores da espaçonave, “desencadeando um cenário de segurança que interrompeu intencionalmente a ignição do motor do foguete”.
Apesar da falha, a VSS Unity pousou sem problemas na pista do Mojave Air and Spaceport, espaçoporto no deserto do Novo México, nos EUA, que é a base de operações da Virgin Galactic.
“Nosso voo foi encerrado lindamente, com pilotos e espaçonave seguros, protegidos e em excelente forma”, garante Michael Colglazier, CEO da Virgin Galactic. “Ver em primeira mão como nossos pilotos trouxeram a VSS Unity para uma aterrissagem perfeita após uma condição fora do normal confirmou que esse é o nível de segurança que os consumidores desejam e esperam de nós”, completou.
Os preparativos para o próximo voo, incluindo treinamento da equipe da “nave-mãe” VMS Eve, já estão em andamento. A Virgin Galactic informa que caso não seja possível realizar o teste em 13 de fevereiro, há outras datas possíveis próximas ao fim do mês.
Como será um voo suborbital da Virgin Galactic
Uma missão da VSS Unity não é como o lançamento de um foguete da SpaceX. A espaçonave decola presa a uma “nave mãe” chamada VMS Eve, que a leva a uma altitude de 50 mil pés (cerca de 15 km) antes de soltá-la.
Segundos após ser libertada, a VSS Unity aciona seus foguetes e sobe a uma altitude de mais de 80 km antes de retornar à Terra e pousar como um avião convencional. No ápice da trajetória, os passageiros irão experimentar momentos de gravidade zero.

De acordo com a Federação Aeronáutica Internacional (FAI) o espaço começa a 100 km de altitude, limite conhecido como a Linha Kármán. Porém, nos EUA, qualquer pessoa que ultrapasse uma altitude de 80 km é considerada um astronauta.
Os 600 “futuros astronautas” que já reservaram assentos em voos futuros da Virgin Galactic pagaram pelo menos US$ 250 mil (cerca de R$ 1,3 milhão em conversão direta) por assento. No ano passado a empresa divulgou os trajes que serão usados por turistas, e recentemente apresentou o design da cabine de passageiros.
Fonte: Olhar Digital