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Litoral de Fundão, rota do surfe

Entramos na temporada das boas ondas e, para quem ainda não conhece, o litoral de Fundão, município localizado ao Norte da capital do Estado, não deixa por menos e já é carta marcada da galera que curte deslizar numa prancha.
Com picos compostos por bancadas de areia e de coral, alguns pontos das praias oferecem aos amantes do surfe ondas cavadas, para os mais radicais, e ondas cheias, apropriadas para os que curtem os pranchões, longboard e stand-up. Frequentado por surfistas de toda parte do Estado e até mesmo de fora, quando rola o swell (mar com grandes ondas), os picos costumam ficar crowdeado (várias cabeças), mas, para essa tribo, isso não é problema, o importante mesmo é todo mundo voltar para casa de corpo, mente e espírito renovados.
Paulo Roberto Oliveira, operador de locomotivas e morador de Enseada das Garças (Fundão), diz que o litoral é tranquilo para morar e é ótimo para a prática do surfe. “Acho o lugar fascinante, quebram boas ondas e, sempre que posso, marco presença com minha prancha na Enseada ou no Chico”, diz, citando alguns dos pontos mais visitados.
Para o professor Leonardo Santana, ambientalista, surfista e morador da região de Praia Grande — também em Fundão — desde 1990, é privilégio poder desfrutar de um município com uma natureza exuberante, mas ele não esconde uma preocupação com relação à preservação desses ambientes. “O que vem mantendo Praia Grande admirada é a sua natureza, por isso que precisamos fazer com que esse bem natural continue sendo o seu principal atrativo. Temos a consciência de que o lugar precisa de estrutura, mas, que ela venha aliada às necessidades do lugar com um modelo de desenvolvimento adequado, ecologicamente correto”, afirma.
Bruno Track, comerciante e morador de Praia Grande há mais de 20 anos, se sente grato por trabalhar e surfar no lugar onde mora e tem a pretensão de criar uma organização voltada às causas ambientais. “O surfe é muito importante para a cidade, ele fomenta a economia local e, o mais importante, socializa as pessoas. Precisamos nos organizar, nos unir para constituirmos uma associação e, assim, sermos ouvidos junto aos órgãos públicos do município”, ressalta.

Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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