CPI da Cesan, será que agora sai?
Durante anos, a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan) vem sendo alvo de denúncias feitas pela sociedade civil e secretários de meio ambiente de municípios nos quais a concessionária presta serviços de coleta e tratamento de esgoto.
No município da Serra a coisa não é diferente, muito pelo contrário, denúncias frequentes partem de pessoas com conhecimento técnico que afirmam, com todas as letras, que a Cesan, com o sistema utilizado no tratamento do esgoto não trata, mas ajuda a poluir mais ainda os mananciais da cidade.
Por essas e outras, nos causa estranheza a omissão e inoperância do poder Legislativo do município, a quem compete fiscalizar e cobrar explicações dos envolvidos, Cesan, PPP Ambiental e governo estadual.
A coluna procurou Cláudio Denicoli, secretário de Meio Ambiente do município da Serra, que disse que já se colocou à disposição dos vereadores para uma possível acareação, caso seja aberta uma comissão parlamentar de inquérito (CPI). “Se me convocarem, responderei, de forma técnica, todas as perguntas que fizerem”, afirma o secretário.
Para o vereador Paulinho do Churrasquinho (PDT), membro da Comissão de Meio Ambiente da Câmara da Serra, os serviços prestados pela Cesan são realmente ineficientes. “Recebo reclamações diariamente de moradores de vários bairros do município por falta d’água e outros problemas frequentes. Quanto à coleta e tratamento de esgoto, basta olhar nossos mananciais, que estão praticamente todos poluídos por consequência do despejo de esgoto residencial in natura. As Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) não funcionam como deveriam, o sistema usado pela Cesan, além de não ter nenhuma efetividade, é caro… É um verdadeiro descaso com a população serrana. Por isso e tantos outros motivos é que precisamos abrir uma CPI, convocar representantes de órgãos públicos do município para responderem aos questionamentos que nos levarão aos responsáveis por esse descaso com a população e puni-los conforme a lei”, explica o vereador.
Questionados pela coluna sobre a situação, os vereadores Wellington Alemão (DEM), presidente da Comissão, e Gilmar Dadalto, o Rapozão, membro da comissão, não retornaram à nossa reportagem.