Estudantes aplicam conhecimento em modelagem e impressão 3D em Vitória
Objetivo da oficina é disponibilizar recursos e equipamentos que possam materializar as ideias dos estudantes e potencializar a sua criatividade
Fabricar, construir, reparar e alterar objetos dos mais variados tipos e funções com as próprias mãos. A “cultura maker” (algo como “cultura do fazer” em tradução livre) é uma tendência mundial e tem sido cada vez mais presente nos processos educacionais, estimulando nos estudantes a criatividade e o empreendedorismo.
Na rede pública de Vitória, os estudantes participam primeiro de uma oficina oferecida pela Escola de Inovação, um dos Centros de Ciência, Educação e Cultura (CCEC) da capital. A turma aprende a criar formas em uma plataforma gratuita. Pode soltar a imaginação: porta-caneta, avião, xícara e o que mais a criatividade mandar!
Depois, com os projetos finalizados, aquilo que foi criado na tela do computador, dentro do programa, ganha materialidade com a impressora 3D. Os projetos impressos chegam até os estudantes. Os professores das unidades de ensino retiram as peças na Escola de Inovação, que fica no Parque Moscoso, e fazem a entrega.
No total, a oficina de Modelagem e Impressão 3D, oferecida de forma virtual, já atendeu 75 estudantes e envolveu 12 professores da rede. O objetivo é que estudantes do 6º ao 9º ano das 53 unidades de ensino fundamental participem das oficinas e conheçam os processos de fabricação digital.
Nesta semana, serão atendidos os estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Alvimar Silva e também os estudantes da Educação Especial/Altas Habilidades e Superdotação.
Experimentação
As oficinas e atividades práticas fazem parte do projeto pedagógico da unidade, uma vez que a modelagem e impressão 3D são pilares da fabricação digital. Assim, tratando-se de inovação e cultura maker, é indispensável mostrar aos estudantes todo o processo de construção, do design à impressão.
Os trabalhos são coordenados pelos professores referência que atuam no CCEC, Daniel Moreira dos Santos (Matemática), Genildo Ronchi (Artes) e Ivanor Weiler Júnior (Ciências).
“A Escola de Inovação já nasce sob a ótica da investigação, experimentação e produção de conhecimento que se articule com a realidade. O principal objetivo dessas atividades é oportunizar aos estudantes experiências de aprendizagem por meio da resolução de problemas, disponibilizando recursos e equipamentos que possam materializar as suas ideias e potencializar a sua criatividade”, destacou o professor Daniel Moreira.
Impressão 3D
Em linhas gerais, uma impressora 3D materializa um desenho tridimensional feito no computador. O processo de fabricação de uma peça em impressora 3D é chamado de manufatura aditiva, já que o material é depositado camada após camada. O tipo mais comum de impressora 3D usa a tecnologia de Fabricação por Filamento Fundido (FFF) ou Modelagem por Fusão e Deposição (FDM, na sigla em inglês).
Essas impressoras se tornaram bastante populares, principalmente, devido ao baixo custo de produção do insumo. A máquina usa como material um tipo de polímero termoplástico que é comercializado em rolos de espessuras entre 1,75 e 3 mm. O filamento é derretido e expelido pelo bico extrusor da impressora de acordo com o modelo criado pelos estudantes.
Fonte: PMV