Cultura

Escritora brasileira reflete sobre o papel das mulheres na sociedade em romance inédito

“Há uma lápide com o seu nome”, de Camilla Canuto, apresenta um retrato social a partir da conturbada relação familiar dos personagens fictícios

Recém-lançada pela editora Oficina Raquel, a obra “Há uma lápide com o seu nome”, da escritora sergipana Camilla Canuto, acompanha o cotidiano de uma família sem espaço para o contentamento.
O romance de estreia da autora acompanha a saga de Adelaide, uma mulher incompreendida pela filha Alice e cercada pelas ações violentas do marido João. O livro apresenta histórias fictícias, mas que permeiam a realidade de muitas famílias.
Diante dos conturbados laços familiares, a protagonista se vê presa em um ambiente de resignação, apagamento, renúncia e violências — realidade de muitas mulheres ao redor do mundo.
Logo no início do livro, Adelaide, ainda adolescente, descobre que está esperando uma filha de João. Contudo, o companheiro não quer ser pai e rejeita a criança. Diante deste cenário, Alice vem ao mundo, mas desde cedo precisa lidar com a ausência e exigências do pai, um homem violento.
A jovem, por sua vez, não se sente apreciada pela mãe. Se sentindo cada vez mais sozinha, Alice encontra no companheiro, Júlio César, o afeto e a alegria que sempre desejou ter dentro do seu lar. Já Adelaide vive no automático, sempre mantendo a casa em ordem, à espera do marido, exercendo as mais diversas tarefas domésticas.

Há uma lápide com o seu nome, de Camilla Canuto (Foto: Divulgação/Oficina Raquel)

Camilla ressuscita, como na grande literatura, pequenas pessoas. E na pequeneza da personagem nos vemos, e nos redimirmos. Como Emma Bovary e Anna KareninaAdelaide viveu aquém dos romances. Não significa que não merecesse mais”, escreveu Gregório Duvivier na quarta capa.
Por meio de uma narrativa emocionante e regada de pequenos segredos, a autora conduz o leitor a refletir sobre as relações familiares, violência doméstica e o papel das mulheres perante a sociedade. Desta forma, o leitor não irá se deparar apenas com um romance, mas sim, com um retrato social.
A obra “Há uma lápide com o seu nome”, em suma, é um reflexo da sociedade moderna e uma reflexão profunda sobre as relações sociais.

Fonte: Aventuras na História

Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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