Educação

Iniciativa brasileira prevê primeiro plano nacional antirracista do mundo

Proposta formulada por seis organizações sociais está entre as dez finalistas do Desafio de Equidade Racial 2030, da Fundação W.K. Kellogg

Noventa milhões de dólares em soluções para ajudar a desatar os nós de grandes questões sociais no mundo. Este será o investimento da Fundação W.K. Kellogg, dividido entre cinco projetos vencedores do Desafio de Equidade Racial 2030.
O programa internacional, que busca apoiar “ideias revolucionárias para garantir um futuro de condições igualitárias a crianças, famílias e comunidades em todo o planeta”, acaba de divulgar dez finalistas. Entre eles, está a proposta brasileira para implantar o primeiro sistema de educação pública antirracista do mundo. O projeto é idealizado por seis organizações: ActionAidAção EducativaCampanha Nacional pelo Direito à Educação, CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas)Geledés Instituto da Mulher Negra e UNEafro Brasil.

“Especialmente neste momento tão delicado para a agenda de direitos humanos no Brasil, é uma conquista de magnitude imensurável, um reconhecimento histórico da produção dos movimentos negros e de educação na construção das diretrizes de uma educação antirracista”, afirma a coordenadora de Educação e Pesquisa do Geledés Instituto da Mulher Negra, Suelaine Carneiro.
A seleção final, entre as inscrições de 72 países, levou cinco meses e envolveu quatro eixos: o caráter revolucionário, o critério equitativo, a ousadia e ser realizável. O plano nacional de educação antirracista sugerido pelo grupo brasileiro prevê a apuração de dados para a criação de pesquisa e estudos, além da mobilização de parlamentares e organizações da sociedade civil na luta pela igualdade racial.

Da assistência jurídica para a posse de terras indígenas a questões relacionadas à migração, conheça as iniciativas selecionadas (em inglês):

“Cada um desses dez finalistas, visionários, representa um profundo compromisso com a comunidade e a liderança locais. Estamos orgulhosos de estabelecer parcerias e revelar suas soluções ousadas e revolucionárias para promover a equidade racial na próxima década”, afirma a presidente e CEO da Fundação W.K. Kellogg, La June Montgomery Tabron.

Distribuição dos prêmios
Cinco projetos serão contemplados. Três premiados receberão 20 milhões de dólares cada e outros dois premiados, 10 milhões de dólares. Os subsídios serão pagos a partir de 2022 até 2030, data final que coincidirá com os 100 anos da Fundação W.K. Kellogg, uma das maiores organizações filantrópicas dos Estados Unidos.

Fonte: Porvir

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