Cabíria Festival chega a sua 3ª edição unindo representatividade feminina e diversidade

Festival O Cabíria — Mulheres & Audiovisual chega à sua terceira edição trazendo filmes, oficinas, painel, debates, estudos de caso e masterclass focados em representatividade feminina e diversidade no audiovisual. O evento dedicado à produção realizada por mulheres acontece entre 6 e 17 de outubro de forma grátis e on-line.
O tema do ano, “Inspirar para Respirar”, traz uma programação variada de filmes e encontros com nomes de destaque no cenário audiovisual, além de uma homenagem à diretora Lucia Murat e suas quase quatro décadas de trabalho.
Incansável e comprometida com as questões éticas e da memória política e social da América Latina, Lucia Murat é inspiração para diferentes gerações de profissionais. A mostra oferece um mergulho em cinco dos seus longas-metragens: Que Bom Te Ver Viva (1989), Maré, Nossa História de Amor (2007), A Memória Que Me Contam (2013), Em Três Atos (2015) e Ana. Sem Título (2020), este último com exibição especial em parceria com o Telecine Play, disponível somente no dia 16.
O debate com a cineasta está marcado para o encerramento do festival, no dia 17, às 19h, e deve ser mediado pela jornalista e crítica de cinema Flávia Guerra, no YouTube do Telecine.
Para valorizar e estimular a produção de curtas-metragens, pelo primeiro ano em parceria com o festival, o Canal Brasil anunciará, no dia 17, o resultado do Prêmio Canal Brasil de Curtas. Um título da mostra receberá o prêmio e um prêmio no valor de R $ 15 mil.
Como acompanhar a programação
Como 35 produções assistidas gratuitamente em várias plataformas. Os dez microfilmes da II Mostra Imaginários Possíveis estão nas redes da Hysteria, um produtor de conteúdo da Conspiração voltada para ampliar a inserção feminina no mercado audiovisual.
Na Mubi serão escolhidos três longas, “A mesma parte de um homem”, “Casulo” e “Documentira”. Os outros longas e os 11 curtas-metragens transformados nas plataformas Videocamp. Para acessar basta preencher um cadastro simples.
As produções com melhores períodos de exibição, por isso é importante ficar atento à programação no site do festival. As demais atividades como debates, painel, mesa, estudos de caso e masterclasses estão distribuídas entre o YouTube e o Zoom.
“A programação de filmes inclui títulos variados em temas, gêneros, construções narrativas e modos de fazer cinema, reforçando a produção diversificada realizada por cineastas mulheres. Uma oportunidade de ampliação de repertório para o público e cadeia produtiva”, comenta a diretora Marília Nogueira.
Para conferir e acompanhar toda a programação é só acessar o site www.cabiria.com.br.
Cabíria Prêmio de Roteiro
O evento é uma expansão do Cabíria Prêmio de Roteiro, que desde 2015 premia histórias escritas e protagonizadas por mulheres. Para esta edição, foram mais de 250 inscrições nas categorias de longa de ficção, argumento infantojuvenil de longa ficção, piloto de série de ficção e não ficção.
As premiadas, anunciadas na abertura do evento, no dia 06 no YouTube, irão participar do Cabíria LAB, entre 25 e 29 de outubro, um ambiente de estímulo ao desenvolvimento das histórias e talentos.
O festival, realizado pela Laranjeiras Filmes e Ipê Rosa Produções, conta com o patrocínio da Spcine e o apoio da Embaixada da França, Instituto Goethe do Rio de Janeiro, Instituto Alana, Projeto Paradiso, Telecine, Videocamp, Mubi, Selo ELAS, Canal Brasil, ABRA, Globo, Imprensa Mahon, Canal Curta, entre outros.
Destaques da programação do Cabíria
No dia 7, 11h, no painel “Representatividade real — Ações de impacto para um mercado mais diversos” terá a participação de Debra Zimmerman e Kendra Hodgson do Women Make Movies (EUA), Josephine Bourgois do Projeto Paradiso e Thais Scabio da Todes Play.
Pelo YouTube do Cabíria, uma masterclass “A construção narrativa e reflexão da imagem”, no dia 16, às 11h, com Nurith Aviv, primeira cineasta mulher reconhecida como diretora de fotografia pelo Centro Nacional do Cinéma (CNC/França), abordará o processo criativo com Agnès Varda no filme Documenteur (1981) e o seu processo autoral, com foco especial para o seu filme Sinais.
Os dez microfilmes da II Mostra Imaginários Possíveis trazem obras de até três minutos produzidas com smartphones ou câmeras profissionais. Entre os 11 curtas-metragens, destacam-se Menarca, de Lillah Halla, que teve sua estreia mundial na Semaine de la Critique Cannes (2020), e Desvirtude, de Gautier Lee, premiado no Festival de Gramado de 2021 com os troféus melhor filme, melhor direção, melhor atriz (Evellyn Santos) e melhor montagem (Gabriel Borges).
Entre as maiores metragens nacionais destacam-se os premiados: “A mesma parte de um homem”, roteiro semifinalista do Prêmio Cabíria 2017, vencedor do Prêmio Helena Ignez na 24ª Mostra de Tiradentes; “Aquilo que eu nunca perdi”, de Marina Thomé, ganhador do prêmio do Júri de Melhor Filme no 13º In-Edit Brasil; e “Limiar”, de Coraci Ruiz, Melhor Filme no Rio Festival de Cinema LGBTQIA+; Melhor Direção no 28º Mix Brasil; Melhor Documentário no 36º Lovers Film Festival — Itália; e Melhor Direção, Fotografia, Roteiro e Desenho Sonoro no 14º For Rainbow.
Fonte: Hypeness