Educação

Alunos repetentes tendem a sofrer mais bullying, aponta pesquisa

Repetir uma série na escola não é uma das melhores experiências na vida de uma criança ou adolescente. Receber o rótulo de “repetente”, ter ao seu redor uma turma de pessoas menores que você e, pior de tudo, rever todos os conteúdos que você já viu no ano anterior é bem desagradável.
Porém, além da sensação de ter parado no tempo, um novo estudo demonstrou que repetir pode ter efeitos ainda piores no crescimento de uma pessoa. Alunos repetentes tendem a sofrer mais bullying de seus colegas em diversos países ao redor do mundo.
Este é um dos primeiros estudos a examinar uma grande quantidade de dados e ligar índices de repetência escolar e vitimização por bullying. Para chegar a esses resultados, foram analisados dados do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (PIA) de 2018.
Esta edição do relatório incluía informações de mais de 465 mil alunos, com idades entre 15 e 16 anos, de 74 países. No geral, 12,25% dos alunos incluídos no estudo repetiram alguma série do ciclo básico. Desses, 30,32% relataram ter experimentado bullying pelo menos uma vez por mês.

Meninas sofrem mais

Meninas que repetem alguma série tendem a sofrer mais episódios de bullying do que meninos (Foto: Lopolo/Shutterstock)

Essa associação foi observada em estudantes de 46 países, com situações socioeconômicas diferentes, em estudantes de ambos os sexos. Porém, as meninas que repetiram de ano tinham um risco um pouco maior de sofrer bullying em comparação com os meninos.
Entre as ofensas relatadas, estão ridicularização pública, ameaças, roubo de pertences e agressões físicas.

Tem correlação, mas tem causalidade?
Porém, apesar da correlação entre ser repetente e sofrer bullying, os autores do estudo pedem para pisar no freio antes de apontar que há uma relação de causalidade.
Além disso, os episódios de bullying foram relatados pelos próprios adolescentes, e o estudo se limitou a pessoas que frequentavam a escola quando a pesquisa foi realizada. Contudo, isso não muda o quanto este estudo pode ser preocupante para pais e profissionais da educação.

Fonte: Olhar Digital

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