Internacional

Argentina decreta emergência agrícola

Seca, calor, geadas. Somam-se eventos adversos que afetam a capacidade produtiva

Várias partes da Argentina estão em meio a um cenário climático extremo. A situação levou o governo a, no último dia 21, decretar estado de emergência agrícola em quatro províncias: Santa Fé, Mendoza, Córdoba e Misiones.
Nos últimos dias, foram registradas temperaturas de 45ºC na Patagônia, centro e norte da Argentina. Recorde de calor dos últimos 27 anos.
Na área agrícola, diferentes regiões estão sentindo a capacidade produtiva ameaçada. Somam-se eventos adversos.
Em Santa Fé, a Comissão Nacional de Emergência e Desastres Agropecuários da Argentina (CNEyDA, na sigla em espanhol) declarou estado de emergência provocado pela seca.
Já em Misiones, o desastre agrícola é consequência de inúmeros incêndios e secas em curso. Em Córdoba, também as queimadas afetam o cultivo. Enquanto em Mendoza, famosa pela produção de vinho, são as geadas e o granizo que prejudicam as plantações.
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo de soja processado e farelo de soja. Em meio a este cenário, a colheita prevista de 44 milhões de toneladas de soja poderá ser revisada. Segundo estimativas da Bolsa de Cereais de Rosário (BCR), o milho, que sofre com insolações, também deve ter produção menor neste ano.
O site Climainfo ressalta que tais condições não são totalmente novas. “O Paraguai, o sul do Brasil e o nordeste da Argentina são atravessados pelos rios que compõem a bacia do Prata. Estes territórios vêm experimentando um grave déficit hídrico há três anos, com dois verões consecutivos sob a influência de La Niña. E este verão foi excepcional pela onda de calor que quebrou vários recordes de temperaturas máximas nesses três países e no Uruguai”.

Eventos extremos
Cientistas e seus modelos climáticos projetam que os eventos climáticos extremos passarão a ser cada vez mais comuns. Além de causar grandes desastres, há impacto direto sobre a produção de alimentos. Fortes chuvas e secas extremas, levam à perda de safras.
Além disso, condições extremas de calor afetam a saúde humana e sobrecarregam os sistemas de saúde. Os impactos são maiores onde há populações envelhecidas, urbanização, efeitos de ilha de calor urbana e desigualdades.

Fonte: CicloVivo

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