Internacional

Islândia vai proibir caça comercial de baleias

Japão, Noruega e Islândia são os únicos países do mundo onde a atividade ainda é permitida

A Islândia, o Japão e a Noruega são os únicos três países do mundo que ainda permitem a caça comercial de baleias, proibida pela Comissão Internacional Baleeira em 1986. A boa notícia é que este número vai cair em 2024: a Islândia anunciou que a atividade será encerrada em dois anos, quando expirarem as cotas atuais.
De acordo com uma reportagem do The Guardian, a cota atual vai de 2019 até 2023 e permite que 426 baleias sejam mortas. Mas, até agora os caçadores mataram apenas uma baleia, em 2019.

Homem com carne de baleia em arquipélago próximo à Islândia (Foto: Robert Bahn)

A razão para isso não é ambiental, mas econômica. O Japão era o maior comprador de carne de baleia da Islândia e este consumo tem caído ano a ano, especialmente porque o país asiático retomou a caça comercial em 2019. Além disso, pescar baleia nos últimos ano ficou mais caro graças ao estabelecimento de uma zona costeira maior que obrigava que os navios baleeiros se afastassem cada vez mais da costa.
A pandemia, que afetou o funcionamento das fábricas de processamento de carne de baleia, e requisitos de segurança cada vez mais rigorosos para a exportação do produto completaram o cenário desfavorável. Segundo a ministro de Pesca e Agricultura da Islândia, Svandís Svavarsdóttir, não existem motivos para seguir com uma atividade que não traz benefícios econômicos e que tem uma demanda cada vez menor.

(Foto: Swanson Chan/Unsplash)

Na temporada anterior, que se encerrou em 2018, 152 baleias haviam sido caçadas no país. Este número sobre para 852 se considerarmos todas as baleias mortas desde 2006, ano que a Islândia retomou a caça comercial. A prática levou a um boicote da rede varejista americana Whole Foods que deixou de comercializar produtos islandeses, como forma de protesto. Com a decisão da Islândia, a Noruega e o Japão serão os únicos dois países no mundo a permitir a caça comercial de baleias.

Fonte: CicloVivo

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