Meio ambiente Política

“Casagrande está longe de ser um ambientalista”

Esta afirmação é do presidente da ONG Juntos SOS ES, Eraylton Moreschi. Para ele, o governador Renato Casagrande tem uma histórico que não o credita identificá-lo como ambientalista

Texto: Eraylton Moreschi

Segundo Eraylton Moreschi, em agosto de 2014, o governo Casagrande concedeu a Licença de Operação (LO) nº 200 com três importantes condicionantes. “O governador concedeu à Vale S.A. operar a 8ª Usina de Pelotização, uma LO com condicionantes legais, na época, assinada pelo presidente do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Tarcísio Foeger e já se passaram dois mandatos, um de Paulo Hartung e outro dele (Casagrande) e nada foi feito sobre as condicionantes 17, 18 e 19 da LO que tratam da medição automática, do DNA, da identificação das fontes emissoras e da composição das partículas do pó preto, agente poluidor”, denuncia.

Em suma, diz o Moreschi, “por esse e outros muitos motivos, não podemos deixar o governador Casagrande passar por bom menino. Ele nunca demonstrou preocupação e muito menos respeito para com o nosso meio ambiente. Por isso, afirmo que ele não pode se identificar como ambientalista”, concluiu.

Pó preto (Foto: Boletim Ambiental)

Condicionantes 17, 18 e 19 da LO 200/2014:

17 – Realizar estudos para definição do número e da localização dos coletores automáticos de poeira sedimentável, suficientes para cobertura espacial da Região da Grande Vitória. Após a conclusão do estudo, a empresa deverá financiar a confecção dos coletores automáticos de poeira sedimentável, desenvolvidos pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) além de, manutenção, instalação e interligação ao centro supervisório da qualidade do ar do Iema.
18 – Firmar instrumento específico com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para custear as análises químicas/físicas das amostras ambientais de poeira sedimentável da Região da Grande Vitória. O instrumento deverá prever a aplicação do modelo receptor para identificar a contribuição das principais fontes de material particulado da Região da Grande Vitória na deposição da poeira sedimentável.
19 – Firmar instrumento específico com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), para estudar a composição das partículas de diâmetro aerodinâmico, preconizadas pela legislação estadual: partículas totais em suspensão (PTS), partículas inaláveis e partículas respiráveis, incluindo análise de tonicidade. O Estado deverá prever a aplicação do modelo receptor para a identificação da contribuição relativa das principais antes de emissão de material particulado da Região da Grande Vitória.

Eraylton Moreschi
Presidente da ONG Juntos SOS ES
Luzimara Fernandes

Luzimara Fernandes

Jornalista MTB 2358-ES

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