Cultura

“Um cisne selvagem e outras histórias” conta o lado sombrio dos contos de fadas

Michael Cunningham, autor vencedor do Pulitzer, transforma grandes clássicos infantis em contos sombrios

Todos crescem ouvindo os clássicos contos infantis que nos levam para um universo fantástico e aconchegante. Mas o que acontece quando todas as nossas memórias de infância se tornam obscuras com o tempo? É isso que o livro “Um cisne selvagem e outras histórias” traz para os adultos.
Michael Cunningham — que é conhecido por “As Horas”, obra vencedora do Prêmio Pulitzer — retorna para mais um romance que transforma os contos de fadas que conhecemos em histórias sombrias, mostrando o lado que esqueceram de nos contar enquanto crescíamos. O autor deixa os clássicos mais realistas para o público adulto, mostrando a sua reimaginação de um modo ousado.

Além de transformas as figuras míticas de nossa infância em algo novo, a obra também conta com ilustrações de Yuko Shimizy, cujo estilo lembra Aubrey Beardsley, ilustrador que influenciou o desenvolvimento da art nouveau, e do autor e ilustrador de “Onde Vivem Os Monstros” Maurice Sendak.

Capa da obra “Um cisne selvagem e outras histórias” (2022) (Foto: Reprodução/Bertrand Brasil)

Confira um trecho de “Um cisne selvagem e outras histórias” a seguir:
“A maioria de nós não precisa de ajuda para produzir nossas próprias desgraças. Entidades vingativas buscam devastar apenas aqueles que, de algum modo, foram agraciados não só com louros e glórias, mas com uma beleza que assombra os pássaros de seus galhos, aliada a uma graça, uma generosidade e um encanto tão naturais que parecem qualidades humanas corriqueiras. […]Caso determinadas manifestações de perfeição possam ser desgraçadas, desfiguradas ou forçadas a caminhar pela terra com sapatos de ferro, o restante de nós se encontrará vivendo num mundo menos árduo; num mundo de expectativas mais razoáveis; num mundo em que as palavras ‘beleza’ e ‘poder’ podem ser aplicadas a um grupo mais amplo de mulheres e homens”.

Fonte: Aventuras na História

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