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Meu lugar no mundo

por: Cláudio Monteiro

Seja bem-vindo a este mais novo espaço que o FATOS & NOTÍCIAS abre para o terceiro setor. Garantir voz a este setor é mostrar-se preocupado com as causas e desenvolvimentos sociais do nosso planeta. Sou Claudio Monteiro, CEO e fundador do Instituto PEB, empreendedor social, gestor financeiro, também formado em educação física, amante de esportes, apaixonado pela vida, pai de adolescente, de dois gatos e uma cadelinha, casado, e um curioso de mão cheia pelo terceiro setor.

Depois de gerir uma empresa por 14 anos no setor de rochas ornamentais, decidi ressignificar minha vida, isso no auge dos meus 35 anos, onde decidi voltar aos estudos e a me dedicar, com grande ênfase, ao basquetebol e ao terceiro setor, minhas grandes paixões. Caseiro, muito dedicado à família, tenho no meu filho Nicolas (18 anos), a inspiração para minha a dedicação ao terceiro setor. Lembro com frequência das inúmeras oportunidades e privilégios que ele teve enquanto criança e adolescente para me inspirar e fortalecer meu empreendedorismo social.

Plano de saúde, escolas particulares, Ifes, acesso à boa comida e outras oportunidades que demos a ele, o tornaram um jovem prestes a se tornar um ser humano apto para os enfrentamentos que a sociedade nos impõe. Comecei minha vida profissional vendendo picolé aos 12 anos, quando decidi, sem o consentimento dos meus pais, mas com o incentivo irresponsável do proprietário da sorveteria, a circular com um carrinho de picolés pelo bairro, o que aconteceu por quatro meses, até me furtarem.

Naquela época não existia o Estatuto da Criança e do Adolescente, e a situação era naturalizada e até elogiada por muitos. Eu me aventurava com o intuito de conquistar a independência financeira. Não era por falta de recursos, já que meu pai era bem-remunerado como colaborador na extinta companhia de energia elétrica Escelsa.

Porém, diferente do que vivi, hoje me deparo com um número significativo de crianças desassistidas de seus direitos básicos. A busca por trabalho, hoje, é por uma questão de sobrevivência, de fome. Algumas, claro, por questões de exploração, mas a causa vem sempre associada a questões de necessidades básicas.
Casado com Giovana Dantas, psicóloga clínica e institucional há mais de 10 anos, temos inúmeras discussões acerca do assunto. A desigualdade social no País é algo absurdo, e me sinto na obrigação de lutar pelos direitos de todos.

Movido por uma indignação social e alimentado pela curiosidade de entender sobre diversos assuntos, não acho correto uma parte da sociedade — à qual me incluo — ter acesso a oportunidades e privilégios, enquanto outra grita com fome, desemprego e outros direitos constitucionais que deveriam ser garantidos a todos.

Resiliente que sou, incansável nas lutas do dia a dia, espero despertar em você, leitor, a mesma vontade que tenho de transformar o meu País. E isto não precisa acontecer de forma grandiosa. Se sou capaz de transformar a vida de uma pessoa somente, já me dou por realizado. Mas o que dizer se consigo ampliar esta transformação para uma família ou para toda uma comunidade?
Espero utilizar este espaço de forma consciente, despertando em você o mesmo desejo e vontade que tenho por um ecossistema melhor para as pessoas, indignação que me movimenta cada dia mais dentro do terceiro setor.
Vamos juntos nessa jornada! A expectativa é de muita troca e aprendizado.

Cláudio Monteiro
CEO do Instituto PEB
Empreendedor Social

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