Ciência

Nasa planeja uso de “robô cobra” para explorar lua de Saturno

Por: Júlia Possa

Um tipo diferente de robô vai desbravar Encélado — uma das 82 luas de Saturno — para a Nasa: é um mecanismo robótico em forma de cobra. Desenvolvido pelo laboratório de robótica do JPL, da Nasa, o EELS (Exobiology Extant Life Surveyor) reproduz a estrutura física do réptil, porque o robô deve explorar tanto o subsolo quanto a superfície do astro.

A expectativa é que, dessa forma, o sistema consiga atravessar a crosta gelada da lua e cavar em busca do oceano líquido que astrônomos acreditam existir logo abaixo. Na prática, o EELS não passa de um robô automotor construído com segmentos idênticos e múltiplos. São esses mecanismos de propulsão que possibilitam a comunicação entre os componentes eletrônicos e que a cobra deslize pelo terreno lunar. Os engenheiros já criaram o protótipo da cobra robô. No vídeo, é possível identificar os segmentos e como essa cadeia possibilita o movimento. Assista:

Além de ser potencialmente útil em Encélado, o robô cobra da Nasa também pode ser usada para desbravar outros planetas, como Marte. A expectativa é especialmente alta para usá-lo no planeta vermelho, pois há evidências de que pode existir água embaixo das dunas marcianas.

Robô cobra pode encontrar vida em Encélado?
Encéfalo é a sexta maior lua de Saturno e motivo de curiosidade dos astrônomos. Isso porque o satélite possui formações geológicas que se parecem com crateras, o que levanta a hipótese de que tenham se formado naturalmente.
Cientistas já descobriram que o satélite tem temperatura média de -198ºC. Em termos de comparação, a temperatura mais baixa já registrada na Terra foi de -82,9ºC, em 1983, na estação do lago Vostok, na Antártica.

Por causa do frio intenso, a lua está com a superfície coberta por uma camada de gelo e existe a hipótese de que, logo abaixo da crosta, exista um oceano de água líquida. Além disso, há evidências de que Encélado possa ter os seis elementos essenciais à vida — hidrogênio, oxigênio, carbono, nitrogênio, enxofre e fósforo.
Isso não torna a lua habitada, mas habitável. Ou seja, microrganismos poderiam prosperar ali, aumentando as chances dos cientistas de encontrar vida extraterrestre — não necessariamente inteligente.

Fonte: GizModo

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