Pica-pau-amarelo e ararinha-azul: Brasil lista suas espécies ameaçadas

Por Isabela Oliveira

O Brasil tem 1.253 espécies ameaçadas — com risco de extinção — segundo o Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade (Salve). Espécies como os famosos pica-pau-amarelo e ararinha-azul (diferente da arara-azul, também ameaçada) integram a lista, entre as 364 espécies “Criticamente em Perigo”.
O desenvolvimento do Salve começou em 2016, liderado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O objetivo é facilitar a avaliação do risco de extinção de cada espécie e, assim, tornar essas informações mais acessíveis, contribuindo para a implementação de políticas públicas de conservação da biodiversidade.

Das 14.785 espécies avaliadas, 5.513 possuem ficha publicada até o momento. O instituto avaliou todas as mais de nove mil espécies conhecidas de animais vertebrados. Ao todo, incluindo os invertebrados, são mais de 100 mil espécies de animais na fauna brasileira — uma das mais ricas do mundo.

O Brasil é reconhecido mundialmente por abrigar a maior biodiversidade do planeta, e a partir da atualização e disponibilização desses dados será possível reforçar a implementação de ações que promovam a conservação da nossa fauna”, disse Rodrigo Jorge, analista ambiental do ICMBio.

O ICMBio lançou a nova ferramenta de conservação na última quarta-feira (2). Você pode acessar através deste link.
Para encontrar uma espécie na lista, basta inserir seu nome comum ou científico. O resultado traz, por exemplo, dados como grupo, categoria, última atualização, estados, bioma, classificação taxonômica, distribuição, história natural, população e mais.
De acordo com Jorge, é preciso uma mudança no comportamento de toda a sociedade.

As pessoas têm ajustado seus padrões de consumo e essa consciência causa um efeito direto nas empresas, por exemplo, que precisam estar mais atentas aos impactos que suas atividades possam causar ao meio ambiente e realizar esforços para reduzir, reverter e compensar atividades que causem impacto à nossa biodiversidade”, conclui.

Fonte: GizModo