O Estado ilegítimo de Israel
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Organismo artificial criado por potências ocidentais no Oriente Médio, o etnoestado expansionista é palco de conflitos desde 1948. Conservadores pentecostais legitimam a dita missão divina israelense, esquecendo que o “posto avançado americano” na região adota políticas progressistas, e quem leva o banho de sangue são os palestinos.
O arrependimento
Ideia discutida desde 1917, na Declaração Balfour, o surgimento de uma nação para os sionistas foi concretizado pouco tempo após o fim da Segunda Guerra Mundial, numa antiga colônia britânica. Uma medida que era um prático pedido de desculpas à falta de ação contra a Alemanha Nazista e os horrores do holocausto.
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O plano inicial das Nações Unidas incluía um Estado judeu, um muçulmano e a cidade de Jerusalém como uma espécie de cidade internacional. No momento em que se deu fim à ocupação do Reino Unido, as lideranças do judaísmo na região declararam o novo governo, sem anunciar ainda suas fronteiras, o que culminou na reação dos países vizinhos de invadirem o território no que foi chamada Guerra Árabe-Israelita e nos combates posteriores.
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Bastião judaico-cristão
Uma nação onde o aborto é legal, mulheres etíopes receberam contraceptivos com efeitos colaterais sem consentimento e promove a maior parada LGBT do oriente médio, além de permitir a adoção por homossexuais e discutir a derrubada da lei que apenas casamentos efetivados por autoridades religiosas são válidos para permitir a união entre pessoas do mesmo sexo, não condiz com as ideologias apoiadas por defensores ao redor do mundo. Existem dois apelos: o místico, pois cristãos protestantes são mais próximos dos judeus do que católicos e o político, afinal Israel é grande aliado dos Estados Unidos e de seus interesses. Por outro lado, muitos da diáspora hebraica formam grupos como o Judeus Pela Justiça Para Os Palestinos, onde se opõe às visões cada vez mais extremistas de Tel Aviv.
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Sofrimento islâmico
O polêmico primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu vingança contra o ataque surpresa lançado pelo grupo armado Hamas no último sábado (8) e pediu para que os civis saíssem da faixa de Gaza para não virar efeito colateral da retaliação, o problema é que essa evacuação não é possível, já que a área é bloqueada pelo Egito e também por Israel, dependendo de um cordão humanitário, sendo que mais de 400 inocentes já foram assassinados e outros milhares estão gravemente feridos segundo o Ministro da Saúde palestino.
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Nesse conflito a mídia global sempre confunde a reação do oprimido com a ação do opressor, mas não são os que frequentam as sinagogas que convivem com a falta de água, alimentos, tratamento médico e o medo da morte por militares usurpadores. Nos últimos meses, as tensões se intensificaram enquanto diariamente havia notícias de mulheres e crianças mortas, e, a razão pela qual o ataque com ajuda do Irã foi facilitado é: os israelenses ficaram com a defesa mais baixa que o comum, já que se preocuparam em ir colonizar via assentamentos locais de maioria árabe.
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Solução de dois Estados
Apesar de ideal, 70 anos depois torna-se injusto expulsar toda uma população que não é culpada pelos erros de seus líderes de um território, mesmo que essa região não esteve sob controle judeu desde 63 a.C., quando foi conquistada por Roma. Destarte, é fundamental retornar ao passado e defender a separação entre Palestina, Israel e Jerusalém sendo uma cidade de fé independente, controlada por ordem supranacional e com supervisão internacional. Também é importante que as fronteiras sejam desmilitarizadas, com enforcement — uso da força — para que os países vizinhos participem desse ato. A teoria é bonita e simples, mas o caminho para implementar é árduo, inclusive quando se sabe ser a única opção.
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