Paleo & Arqueologia

Novo réptil pré-histórico com sobrancelhas é descoberto

A nova espécie de mosassauro viveu nos oceanos da Terra há cerca de 80 milhões de anos e chegava até sete metros de comprimento

Por Mateus Dias

Um grupo de pesquisadores acabou de descrever uma nova espécie de mosassauro, um grupo de répteis marinhos que habitou os oceanos da Terra entre 82 e 66 milhões de anos atrás. Essa nova fera marinha possuía estruturas que pareciam sobrancelhas irritadas, o que poderia ter dado a ela uma aparência assustadora.
A espécie foi descrita a partir de um crânio quase completo, mandíbulas, coluna cervical e algumas vértebras. O espécime foi encontrado em 2015, e agora em um novo estudo publicado no Boletim do Museu Americano de História Natural, identificou ele com um novo tipo de mosassauro.
O animal foi chamado de Jormungandr wahallaensis, em homenagem à cidade em que foi encontrado, Walhalla, na Dakota do Norte, e a uma serpente marinha da mitologia nórdica, a Jörmungandr. Acredita-se que o animal tenha vivido há cerca de 80 milhões de anos, no final do Cretáceo, em um período que o nível dos oceanos era alto o suficiente para submergir quase todo continente africano.

A partir do seu fóssil, estima-se que a espécie atingia cerca de sete metros de comprimento, o mesmo que uma orca macho. O animal possuía uma crista óssea no crânio, que dava a aparência de “sobrancelhas irritadas” e uma cauda atarracada.

O Jormungandr wahallaensis chamou atenção dos pesquisadores por misturar características observadas em outros dois grupos, os Clidastes, menores e mais primitivos, e os Mosassauros, que chegavam até 15 metros de comprimento. Acredita-se que a nova espécie tenha sido uma precursora do seu parente gigante e preenche algumas lacunas da desconhecida história desse grupo de animais.

Este fóssil vem de uma época geológica nos Estados Unidos que realmente não entendemos. Quanto mais preenchermos a linha do tempo geográfica e temporal, melhor poderemos compreender essas criaturas”, explica Clint Boyd, coautor do estudo em comunicado.

A elevação do nível dos oceanos, trouxe das profundezas marinhas uma enorme quantidade de nutrientes, proporcionando uma ambiente perfeito para os mosassauros prosperarem e dominassem os oceanos. No entanto, há cerca de 66 milhões de anos, esses animais foram extintos no mesmo evento que matou os dinossauros.

À medida que esses animais evoluíram para monstros marinhos gigantes, eles estavam constantemente fazendo mudanças. Este trabalho nos deixa um passo mais perto de entender como todas essas formas diferentes estão relacionadas entre si”, Amelia Zietlow, principal autora do estudo.

Fonte: Olhar Digital

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