Entre o Tempo e o Amor
“Durante a fuga, Mel conseguiu abrir a porta e sair da mansão. Nos jardins ela observou todos os lados e decidiu sair pelo portão principal. Ela usou uma força imensa para movê-lo até que o seu corpo conseguiu atravessar. Após sair ela o fechou novamente e correu em direção ao vilarejo. A caminhada foi exaustiva, sem direção e sem rumo. As ruas eram de terra batida, os seus sapatos brancos de verniz, estavam repletos de poeira e lama, porém isso não a incomodou nenhum pouco, após algumas horas de caminhada, o calçado começou a ferir cada um dos seus pés e o seu ritmo se tornou mais lento e dolorido. Diante da dor e do cansaço extremo, naquela madrugada fria, a jovem decidiu parar e escolher um local para descansar. As casas eram simples, de madeira e todas parecidas, algumas cores as diferenciavam. Nas ruas escuras os cães latiam, em dado momento ela escolheu uma casa e entrou na pequena varanda para o seu repouso. Seu corpo estava gelado, seu vestido de seda não o aquecia o suficiente, com o passar do tempo ela adormeceu. O vento que soprava do mar contribuía para o seu sofrimento, porém, em seu coração não havia arrependimento algum pelo que acabara de fazer”.