Pedreiras e estradas antigas utilizadas pelos incas são achadas no Peru
Novos vestígios revelam que antiga população inca usava blocos de pedra em suas construções e os transportava por diferentes assentamentos
Na última semana, o Ministério da Cultura do Peru anunciou terem descoberto duas antigas pedreiras incas, bem como uma rede de estradas, em Cerros de Quilmaná e Cerro Quinta Freno, na província de Cañete, próximo a Lima. A equipe responsável pelo achado é formada por membros do ‘Projeto Qhapaq Ñan — Sede Nacional’.
Conforme descrito pela Revista Galileu, as pedreiras descobertas eram de onde saíam os blocos de construção utilizados na construção de muros do tipo Inca Imperial na região. As estradas, por sua vez, foram pensadas para que o transporte destes blocos de pedra esculpidos fosse facilitado.
O Ministério da Cultura ainda pontua, também, que a descoberta recente “oferece valiosas oportunidades de pesquisa, permitindo conhecer, estudar e explicar todo o processo relacionado à tecnologia aplicada pelos mestres pedreiros incas para extração, talhe e polimento das pedras líticas utilizadas em diversas obras imperiais”.
Isso sem mencionar que, com os achados no local, é possível reconhecer a importância dos caminhos como estruturas de transporte entre diferentes assentamentos incas. Os blocos de pedra talhados também eram associados, ainda, a fragmentos de cerâmica que, segundo o Ministério, “refletem a importância deste centro de produção para o Estado Inca no século 16″.
Até o momento, estas pedreiras descritas são as únicas identificadas ao longo de toda a costa do Peru, ou seja, possivelmente foi de lá que saiu o material utilizado na construção de outros assentamentos incas, como o Pachamac, localizado mais ao norte, e La Centinela de Chincha, ao sul. Vale mencionar ainda que os pesquisadores estimam que os blocos tenham sido transportados de Cañete até Paredones de Nasca, a mais de 300 km de distância, pelo chamado “Caminho dos Llanos“.
Por fim, o site Ancient Origins afirma que já existe uma nova expedição planejada para o local, para 2024, que terá o objetivo de avaliar as pedreiras. No futuro, ainda pensam em iniciar rotas de visitação turística em pelo menos uma das duas pedreiras.
Fonte: Aventuras na História