O Barco
O barco retorna
Do mar e repousa
Na areia branca da
Vida, enquanto que
A alma imortal
E viajora, por seu
Turno, busca a prova
E reencarna no corpo
Os olhos atônitos
Do marujo fitam
O mar azul infinito,
Enquanto que os
Lábios dos amantes
Se procuram e matam
A sede no pote da
Água cristalina dos
Prazeres da carne
O sol ardente raia
E ilumina mais um dia,
As nuvens de algodão
Formam belos desenhos,
Enfeitam o céu e tecem,
Sem se dar conta, uma
Linda aquarela multicolorida
O ar puro entra
Nas ventas, o sangue
Corre nas veias do
Caiçara imbatível, o
Pensamento voa
Alto e traça mil
Voos intermináveis
Na mente do artista
O homem sábio
Busca a verdade e
Estuda todo dia,
Sem temer as intempéries
Do tempo, ele lança
O seu barco nas ondas
Bravias do mundo
O homem crente
Trabalha e confia,
Ele atira agradecido
E contente as suas
Redes ao sabor do
Vento que sopra e
Alivia
De repente, o amor
Infindo de Deus
Invade, sorrateiramente,
As praias do meu lindo
Espírito Santo e, mais
Uma vez, bate feliz no
Peito do poeta capixaba