Governo pretende criar mais 10 mil vagas no serviço público até 2026
Novas vagas devem ser preenchidas através de concurso público unificado, mas vão depender de espaço no orçamento
Por Guilherme Grandi
A ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), anunciou que o governo pretende criar mais nove a dez mil vagas no serviço público até 2026, que vão se somar às seis mil já abertas que serão preenchidas com o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) entre outras seleções realizadas à parte.
De acordo com ela, foram autorizadas um total de nove mil vagas, no ano passado, para o serviço público — exceto nas áreas de educação e militares, que têm regras próprias. No entanto, segundo Dweck, a expectativa é dobrar a quantidade ofertada.
Expectativa de, pelo menos, dobrar o número de vagas autorizadas, criar mais nove mil ou até dez mil até 2026, tanto em novos concursos quanto chamando excedentes de concursos já autorizados. Entre 18 mil e 20 mil é um número razoável de novas contratações”, disse em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta segunda (4).
De acordo com ela, a criação de novas vagas vai depender do “espaço orçamentário” e devem ser preenchidas em novos concursos unificados entre 2026 e 2026. Por outro lado, o governo vai manter a proposta de não dar reajuste para servidores neste ano, mas ampliar os benefícios — principalmente o auxílio alimentação. Isso, afirma a ministra, permite um aumento mais uniforme, enquanto que um reajuste linear “será pequeno e beneficiaria quem ganha mais”.
Conseguimos com os ministérios da Fazenda e do Planejamento que os servidores civis tivessem 18% [de aumento no salário] ao longo dos quatro anos [de governo]. Além dos 9% já anunciados, mais 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. Com isso, terão os mesmos 18% que o Legislativo e o Judiciário tiveram, parcelado em três anos. Por enquanto, é o espaço fiscal que a gente tem”, explicou.
Esther Dweck afirmou, ainda, que estão sendo discutidas mudanças nas carreiras dos servidores, como o alongamento das carreiras e a implementação de avaliações de desempenho mais estruturadas. E que uma reforma administrativa não está no radar, com outros projetos prioritários em andamento para melhorar a capacidade de entrega de serviços públicos à população.
(Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Fonte: Gazeta do Povo