Fernanda Morais, um talento capixaba das artes plásticas

Com uma maturidade fora do padrão, Fernanda é considerada extremamente diferenciada por quem entende do assunto

Nascida em 03 de setembro de 2008, no município de João Neiva, Estado do Espírito Santo, a artista Fernanda Morais — uma jovem artista plástica em desenvolvimento, com o dom de desenvolver artes visuais e capaz de transmitir ao espectador a pureza e a história pintada em cada arte criada — tem a pintura muito presente na sua vida desde os seus oito anos de idade.
Com uma maturidade fora do padrão, aos três anos assistia a desenhos em inglês e mandarim, e já falava com muita facilidade as duas línguas e, aos oito anos de idade, o amor pela arte crescia ainda mais, aperfeiçoando técnicas em desenhos e buscando diferentes formas de criação.

Tímida e sem amigos, Fernanda não conseguia se socializar, bem seletiva em suas escolhas, com um amadurecimento muito grande e um destaque sem igual em comparação com outras meninas de sua idade. Problema potencializado pelo isolamento causado pela pandemia, o que acabou causando um grande incômodo em sua vida.

Nesse período, a dedicação à pintura se tornou uma válvula de escape e, em 2020, ganhou um prêmio internacional de artes na Indonésia, #macawbrasilvinautisma, com o tema “Araras”, e começou a ganhar visibilidade graças à entrevista concedida ao Fatos & Notícias e a outros veículos de comunicação capixaba.

De lá para cá, o trabalho de Fernanda só foi crescendo e, hoje, ela é assessorada por uma especialista na área: Buana Lima, gestora cultural internacional, CEO da Livraria Novos Escritores, e criadora dos grupos internacionais de artes Universo de Las Artes e Universo Art Kids.

“Em certo momento, procurei Margarete Fernanda, mãe de Fernanda, para desenvolver alguns trabalhos, passaram-se os anos e ela me procurou para assessorar a sua filha e foi uma grata surpresa. Aceitei e, imediatamente, a coloquei na exposição que acontecerá no próximo dia 27. Essa exposição que tem muito a ver com a Fernanda, por ela ter um dom especial, QI acima da média, pequeno grau de autismo e um talento grandioso”, disse Buana.

Segundo a curadora, a exposição, contará com a participação de alunos da professora Rosângela Oliveira, do Ataliê Tia Rô, do Paraná. São pessoas com autismo, transtornos psicológicos e síndromes diversas que farão a releitura de obras da renomada artista Lisete Chies e de Fernanda Morais.

Ainda de acordo com Buana, a exposição será on-line, o que facilitou a participação da maioria dos expositores, que são de outros estados e países, assim não precisam enviar suas obras originais e nem viajar. A mostra contará com reproduções gráficas e os participantes poderão assisti-la on-line, através de vídeos e lives, e ainda receberão certificado de participação internacional.

Ter a Fernanda Morais nessa exposição do próximo dia 27 agregará muito valor, por se tratar de uma menina de 16 anos que vai compartilhar o espaço com a pintora Lisete Chies. A exposição vai acontecer de forma itinerante e, daqui, os trabalhos serão enviados para outros Estados do Brasil”, afirma Buana.

Outra que também está superempolgada com a participação de Fernanda é a sua professora Ignácia Macedo. Com 25 anos de experiência em aula de pintura e autodidata, Ignácia Macedo é professora e ensina técnicas à Fernanda Morais.

Trabalho com pessoas com capacidade diferenciada e que buscam aprimoramento técnico. Todo meu trabalho, quase que 100%, é voltado para a área de artes. Sou artista plástica e ensino técnicas que desenvolvi no decorrer do tempo. Falar de Fernanda Morais, é falar de talento. Vejo brilho nos seus olhos quando pinta, vontade de aprender. Tem potencial e vem se desenvolvendo muito”, diz Ignácia.

“Aprende rápido e gosta de criar coisas interessantes. Sabemos que é ainda uma jovenzinha, mas em seus trabalhos percebemos maturidade, o que a diferencia da maioria dos outros alunos. Fernanda tem o prazer pela arte e isso faz com que ela, aos poucos, domine as técnicas, o que é normal. Posso dizer que Fernanda traz um talento expressivo e isso como já disse, a torna diferenciada”, finaliza Ignácia, orgulhosa da pupila.