Meio ambiente

Cientistas descobrem “sexto sentido” auditivo em lagartixas-tokay

Estudo feito por biólogos nos EUA descobriu que as lagartixas-tokay podem detectar vibrações usando parte de ouvido

Por Isabela Oliveira

Pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, descobriram que as lagartixas-tokay têm um “sexto sentido”. Elas podem detectar vibrações usando o sáculo — uma parte de seu ouvido interno. Essa habilidade alcança até mesmo vibrações muito baixas e profundas, na faixa de 50 a 200 Hertz.
Pequena depressão do labirinto membranoso da orelha, o sáculo detecta a posição da cabeça no espaço e, assim, permite o controle do equilíbrio do corpo. Assim como as lagartixas e outros répteis, os seres humanos, incluindo outros mamíferos e anfíbios, peixes e pássaros, também têm sáculo.

No entanto, os cientistas acreditavam que somente os peixes e anfíbios o usavam para audição. Além disso, pensava-se que as lagartixas eram capazes de captar sons de até, no mínimo, 1.600 Hertz — o que não é verdade para as tokay. Até então, não se sabe se outras lagartixas podem fazer o mesmo.
A descoberta fornece novas informações sobre o desenvolvimento do sistema auditivo em diversos seres vivos.

Acreditava-se que muitas cobras e lagartos eram ‘mudos’ ou ‘surdos’ no sentido de que não vocalizavam sons ou ouviam sons bem”, explicou Dawai Han, autor do estudo. “Mas acontece que eles poderiam estar se comunicando por meio de sinais vibracionais usando essa via sensorial, o que realmente muda a maneira como os cientistas pensavam sobre a percepção animal em geral”.

O estudo ainda detalhou como os cérebros das lagartixas-tokay são conectados para captar detecções através do sáculo. Ao contrário da audição, baseada no som aéreo, o sáculo está ligado à audição e à detecção de vibrações por outros meios, como o solo ou a água, por exemplo. Para chegar às descobertas, os pesquisadores conduziram experimentos que descobriram que as lagartixas-tokay eram capazes de perceber uma série de vibrações profundas e baixas quando eram enviadas aos sáculos. A revista acadêmica Cell Reports publicou o estudo no início deste mês. Com informações do BGR.

Fonte: Giz Brasil

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