Política

A Semana no Brasil e no Mundo — Avaliação do governo Lula: insatisfação aumenta e avaliação negativa atinge recorde

Uma nova pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Instituto MDA, indica uma queda significativa na aprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Conforme os dados coletados entre 7 e 10 de novembro com 2.002 entrevistados, 35,5% dos brasileiros consideram a gestão Lula “ótima” ou “boa”, representando uma redução de oito pontos percentuais desde o início do ano, quando o índice de aprovação era de 42,7%.
Desde a posse, o terceiro mandato de Lula vem registrando uma tendência de queda na aprovação. Em maio, o índice positivo já havia recuado para 37,4%, chegando agora a 35,5%, o menor patamar desde o início do mandato. A pesquisa, realizada de forma presencial, possui uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%.

Paralelamente à queda na aprovação, aumentou o número de brasileiros insatisfeitos com a administração petista. Atualmente, 30,8% dos entrevistados classificam o governo como “ruim” ou “péssimo”, o maior índice registrado nesta série histórica. Outros 32,1% consideram o governo “regular”, enquanto 1,6% dos participantes não souberam ou preferiram não responder.

A pesquisa também detalhou as classificações específicas dos participantes sobre o governo Lula:
• Ótimo: 12,2%
• Bom: 23,3%
• Regular: 32,1%
• Ruim: 9,4%
• Péssimo: 21,4%
• Não sabe/Não respondeu: 1,6%
Os resultados refletem um cenário desafiador para o petista, que enfrenta uma percepção pública cada vez mais crítica. (Fonte: Hora Brasília)


Governo Milei desregulamenta Correio argentino

(Foto: Getty Images)

O governo Javier Milei anunciou, na segunda-feira (11), a completa desregulamentação do serviço postal na Argentina e revelou planos para privatizar o Correio Argentino, uma estatal com cerca de 1.400 filiais e aproximadamente 15 mil funcionários espalhados pelo país.

Manuel Adorni, porta-voz da Casa Rosada, afirmou que a medida promoverá “mais concorrência, maior digitalização e segurança aprimorada no setor postal”. Essa iniciativa faz parte do amplo programa de redução do Estado e liberalização econômica empreendido pela administração de Milei. Nos anos 1990, o mercado postal já havia experimentado uma desregulamentação parcial com a permissão para operadores privados atuarem. No entanto, o ministro da Desregulamentação e Transformação do Estado, Federico Sturzenegger, destacou que ainda existiam barreiras significativas devido a sistemas complexos de registro e autorização.

O novo decreto facilita o registro eletrônico e gratuito de empresas interessadas em atuar como operadoras postais. Essas entidades terão liberdade para definir o número de funcionários, as modalidades de serviço, os tipos de transporte e as instalações necessárias para suas operações, eliminando exigências mínimas anteriormente impostas pelo Estado.

Sem exclusividade estatal
O decreto também retira as exclusividades antes concedidas às empresas estatais no envio de cartas documento, telegramas e encomendas de até 50 quilos, permitindo a entrada de novos competidores no mercado. Além disso, documentos como telegramas e cartas documento poderão ser emitidos em formato digital.

Desde sua posse, o governo Milei tem demonstrado interesse em privatizar o Correio Argentino. Esta proposta integrou a Lei Bases apresentada no início do mandato, em dezembro passado. Historicamente, o Correio Argentino já foi privatizado entre 1997 e 2003 sob concessão a um consórcio que incluía a Sideco Americana, ligada à família do ex-presidente Mauricio Macri. Essa concessão acabou em falência. Desde então, a empresa é uma sociedade anônima com controle total do Estado.

O governo atual visa retornar o Correio ao setor privado, embora não tenha especificado os métodos para tal transição. Em entrevista à Rádio Mitre, Sturzenegger mencionou possibilidades como privatização direta, concessão ou transferência aos empregados. Ele reforçou que a intenção desta gestão é avançar na privatização das empresas públicas argentinas. Em manifestação nas redes sociais, o ministro reiterou sua crença no mercado como solução universal para as necessidades da sociedade. (Fonte: O Antagonista)


CGU aponta falhas e possível desvio em ONGs que receberam R$ 482 milhões em emendas parlamentares

(Foto: Agência Brasil)

A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou um relatório que aponta sérias irregularidades em sete ONGs que receberam um total de R$ 482,3 milhões em emendas parlamentares entre 2020 e 2024. A auditoria, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) por solicitação do ministro Flávio Dino, revela que essas organizações carecem de estrutura e capacidade para executar os projetos propostos, além de indícios de má gestão, falta de transparência e até sobrepreço em contratos.

O levantamento da CGU abrange ONGs que receberam recursos provenientes de diversas modalidades de emendas, incluindo as chamadas “emendas PIX” e do “orçamento secreto”. Das dez ONGs que mais receberam recursos no período, nove apresentaram problemas de execução, sendo que sete foram classificadas como incapazes de cumprir os objetivos dos projetos financiados. Entre elas, destaca-se a ONG Contato, do Rio de Janeiro, que recebeu R$ 195,7 milhões. Segundo o relatório, a entidade apresenta “mecanismos de governança inadequados e desatualizados”, comprometendo a transparência e eficiência.

Outro exemplo citado no documento é o Instituto Realizando o Futuro, também do Rio de Janeiro, que acumulou R$ 106,7 milhões em emendas no período. De acordo com a CGU, a ONG “não possui capacidade técnica e operacional para realizar os projetos”, além de estruturas físicas inadequadas e planos de trabalho com metas pouco objetivas. Em um caso específico, a CGU identificou uma despesa de R$ 2,5 milhões que não foi convertida em benefícios ao projeto.

A auditoria também destaca o problema de obras inacabadas: das 256 obras avaliadas, financiadas com emendas entre 2020 e 2023, cerca de 38,6% (ou 99 obras) não foram iniciadas. Segundo a CGU, a falta de andamento pode indicar uma baixa priorização dos projetos por parte dos municípios beneficiados.

Em relação às “emendas PIX”, a CGU monitorou R$ 27 milhões em valores empenhados, dos quais R$ 18 milhões foram pagos. A análise focou nas ONGs que mais receberam esse tipo de repasse, priorizando aquelas com maior volume de recursos em cada região do país. Essas conclusões, entregues ao STF, apoiam o debate sobre novas regras de transparência para o uso de emendas parlamentares. A proposta já foi aprovada pela Câmara e agora segue para votação no Senado. (Fonte: Hora Brasília)


Cubanos protestam contra o regime comunista após uma semana sem água e energia

(Foto: Getty Images)

Por John Lucas
Diversos cubanos tomaram as ruas do município de Boyeros, em Havana, para protestar contra a falta de água e energia elétrica, que já dura mais de uma semana. Segundo informações do portal independente Martí, a manifestação ocorreu na movimentada avenida Independencia, próxima à estatal BioCubaFarma, na manhã de terça-feira (12).

Conforme veiculou o Martí, os cubanos, indignados com a situação, bloquearam a via utilizando galhos de árvores que caíram durante a passagem do furacão Rafael, que atingiu a região ocidental de Cuba há uma semana e causou um novo colapso do Sistema Elétrico Nacional. A polícia foi acionada e enviou agentes da Polícia Nacional Revolucionária (PNR) para dispersar os manifestantes e liberar a avenida, apesar dos gritos e reclamações de quem participava do ato.

O povo está aqui fechando a avenida porque o governo não se preocupa com eles. Já são mais de sete dias sem energia e sem água. As pessoas estão perdendo os alimentos porque não têm como conservar”, comentou um dos manifestantes, cuja fala foi registrada em vídeo e circulou nas redes sociais, cita o Martí.

O descontentamento da população se intensificou ainda mais após uma série de apagões que afetaram principalmente Havana e Santiago de Cuba. A União Elétrica (UNE), estatal de Cuba, informou que 85% dos cidadãos afetados na capital já tiveram o serviço restabelecido, mas bairros como Playa, La Lisa, Arroyo Naranjo e Boyeros continuam sofrendo com a falta de eletricidade, informou o Martí.

O ditador comunista Miguel Díaz-Canel, que após outubro afirmou que seu regime “não toleraria” protestos que considerasse atos de “vandalismo” ou “perturbação da ordem pública”, entrou na mira dos cubanos nas redes sociais, onde muitos criticaram a ineficácia do regime para resolver a crise que assola a ilha. (Fonte: Gazeta do Povo)


Criminalidade: Brasil é lar de três das 10 cidades mais perigosas do mundo para turistas

(Foto: iStock)

Recentemente, a plataforma Numbeo, conhecida por compilar dados fornecidos por usuários, apresentou uma lista com as 50 cidades mais perigosas do mundo para turistas em 2024. No topo dessa lista está Caracas, a capital da Venezuela, destacando-se como a cidade mais insegura do mundo para visitantes. Este levantamento reflete a situação atual de várias cidades em termos de segurança pública e serve como um alerta importante para aqueles que planejam viajar.

O Brasil, infelizmente, também marca presença significativa nesse ranking, com oito cidades figurando entre as mais perigosas. Dentre essas, sete são capitais, sugerindo que centros urbanos, apesar de suas atrações turísticas, possuem desafios significativos em relação à segurança. De acordo com o ranking de segurança, Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador são as três cidades brasileiras que se encontram entre as dez mais perigosas do mundo para turistas.

A plataforma utiliza uma série de critérios para elaborar seus rankings, focando principalmente em índices de violência. As taxas de homicídios intencionais por 100 mil habitantes desempenham um papel crucial na classificação das cidades. O Rio de Janeiro, que ocupa a sétima posição, é reconhecido mundialmente por suas belezas naturais, mas enfrenta significativos desafios de segurança pública que afetam tanto turistas quanto moradores.

Fortaleza e Salvador também são destinos turísticos conhecidos, mas ocupam o nono e décimo lugares, respectivamente, devido aos altos índices de criminalidade. Essas cidades são famosas por suas lindas praias e rica cultura, mas a violência presente mascara essas atrações. Além dessas, Recife, Porto Alegre, São Paulo, Campinas e Belo Horizonte também integram a lista, demonstrando que a questão da segurança é uma preocupação nacional. (Fonte: Terra Brasil Notícias)


Conselheiro de Trump e cotado para novo governo foi alvo de Moraes

(Foto: Wikimedia commons)

Jason Miller, um dos assessores mais próximos de Donald Trump, com lugar garantido no governo do republicano (caso queira), não tem boa memória de sua passagem pelo Brasil em 2021 e, particularmente, do ministro Alexandre de Moraes.

Em 7 de setembro de 2021, quando chegou ao Brasil para participar do CPAC, maior evento conservador do mundo, Miller ficou detido por algumas horas no Aeroporto Internacional de Brasília para um interrogatório feito pela Polícia Federal (PF) a pedido de Moraes. O procedimento fez parte do inquérito das fake news, sediado no Supremo Tribunal Federal.

Em uma entrevista dada dois dias depois de ser detido, ao norte-americano Matt Couch, do blog The DC Patriot, Miller, que também é o fundador da rede social Gettr, disse que Moraes “é como um vilão de James Bond”. “Você tem que ver a foto dele”, comentou.

À Fox News, no mesmo dia, Miller explicou que, “no Brasil, um juiz da Suprema Corte também tem a capacidade de emitir intimações, mandar prender pessoas e muito mais”. “Eles são incontroláveis”, afirmou.

O motivo da presença de Miller no CPAC era promover sua rede social no Brasil. Além do contato com personalidades de direita no CPAC, Miller teve um encontro com o presidente Jair Bolsonaro durante sua visita. Segundo o relato de Miller, ele e sua comitiva foram interrogados por três horas no aeroporto de Brasília.

Não fomos acusados de nenhum delito, e nos disseram que ‘queriam conversar’. Informamos que não tínhamos nada a dizer e, no fim, fomos liberados para voar de volta aos Estados Unidos. Nosso objetivo de promover a liberdade de expressão em todo o mundo continua!”, disse no Instagram.

Na entrevista ao norte-americano Matt Couch, do blog The DC Patriot, em 2021, o fundador do Gettr acrescentou mais detalhes à história. “Eu passo pelos detectores de metal no aeroporto e do outro lado chegam dois policiais federais à paisana, esperando por mim: ‘nós gostaríamos que o senhor viesse por aqui'”, contou. Miller diz que ficou alerta porque já tinha ouvido histórias sobre as decisões fora de controle do STF. (Fonte: Gazeta do Povo)

(Foto de capa: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)


Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

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