SP vai usar inteligência artificial para corrigir lições na rede estadual

Projeto-piloto do TarefaSP começa com alunos do 8.º ano e da 1.ª série do ensino médio; IA vai corrigir 5% dos exercícios
Por Gabriel Marin de Oliveira
O governo de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (19), uma nova fase no uso de tecnologia nas escolas públicas: estudantes e professores da rede estadual de ensino terão o apoio da inteligência artificial (IA) para corrigir exercícios de lição de casa. A iniciativa será aplicada por meio do TarefaSP, ferramenta lançada pela Secretaria da Educação do Estado (Seduc) em 2023, voltada a alunos do 6.º ano do ensino fundamental à 3.ª série do ensino médio.
De forma inicial, a IA será utilizada em caráter experimental, corrigindo 5% dos exercícios presentes na plataforma. O projeto-piloto contemplará atividades tanto de múltipla escolha quanto dissertativas, aplicadas a estudantes do 8.º ano do ensino fundamental e da 1.ª série do ensino médio. A correção ocorrerá diretamente na ferramenta TarefaSP: ao responder uma questão, a resposta do aluno será processada pela IA, que a comparará com a solução elaborada por especialistas da Seduc.
Em seguida, o sistema classificará a resposta como correta, parcialmente correta ou incorreta, sempre acompanhada de uma breve explicação. O aluno também poderá avaliar o feedback gerado pela IA. Os exercícios avaliados neste piloto não contarão nota.
Ajuda
Segundo o UOL, para o secretário estadual da Educação, Renato Feder, o uso da inteligência artificial contribui para aliviar a carga de trabalho dos professores, permitindo que eles concentrem seu tempo em atividades pedagógicas mais estratégicas.
A inteligência artificial, ao corrigir as tarefas, melhora o engajamento dos estudantes, aumenta o esforço deles e prioriza o tempo dos professores na parte mais importante, que é ensinar”, afirmou Feder.
Os professores continuarão tendo acesso a todas as atividades e poderão inserir comentários nas correções, como já ocorre com as questões objetivas. A expectativa da pasta é de que o uso da IA amplie a quantidade de atividades dissertativas realizadas pelos alunos, reforçando competências fundamentais para vestibulares e avaliações internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA).
Fonte: Aventuras na História