Política

A Semana no Brasil e no Mundo — Lula promete veto a anistia a Bolsonaro, mesmo se aprovada no Congresso

Em entrevista concedida, nesta quarta-feira (17), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que vetará qualquer proposta de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso o projeto avance e chegue à sua mesa para sanção. A afirmação foi feita ao canal BBC News Internacional, diretamente do Palácio da Alvorada. “Pode ter certeza: se chegar para eu vetar, eu vetarei”, afirmou Lula de forma categórica, deixando clara sua oposição à medida.
A discussão ocorre no momento em que deputados da base bolsonarista intensificam a pressão para acelerar a tramitação de um projeto de anistia apresentado originalmente em 2023 pelo deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). A proposta teve votação de urgência pautada para esta quarta-feira na Câmara, conforme decidido pelo presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).

Apesar da rejeição ao conteúdo do projeto, Lula ressaltou que a prerrogativa de votar a anistia é do Poder Legislativo. “O presidente da República não interfere em matéria do Congresso Nacional. Se os partidos decidirem votar, isso é competência deles”, disse o chefe do Executivo. (Fonte: Hora Brasília)


Governo Trump envia recado duro ao Brasil e exige contenção ‘do descontrolado’ Moraes

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Instagram @realdonaldtrump)

Em manifestação pública nesta quarta-feira (17), o vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e cobrou do governo brasileiro uma resposta institucional à atuação do magistrado. A declaração foi divulgada pela conta oficial da Embaixada dos EUA no Brasil, gerando repercussão diplomática.

Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Landau afirmou que os Estados Unidos “continuam a esperar que o Brasil contenha o descontrolado ministro do STF antes que ele destrua completamente a relação que nossos grandes países desfrutam há mais de dois séculos”. A fala ocorre em meio à intensificação de tensões diplomáticas após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 17 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

Segundo o diplomata americano, Moraes estaria promovendo “um abuso do processo judicial para perseguir uma agenda descaradamente política”. Landau também alertou que os Estados Unidos “não permitirão que Moraes estenda seu regime de censura ao nosso território”, numa possível referência a ordens judiciais que afetam usuários e empresas de tecnologia sediadas nos EUA.

A publicação foi endossada pela conta oficial da Embaixada dos EUA, que republicou a mensagem com tradução em português, o que foi interpretado por interlocutores em Brasília como um recado formal do governo americano. A crítica foi motivada, segundo a imprensa americana, por um pedido de prisão expedido por Moraes contra Flávia Magalhães, uma brasileira com cidadania americana que vive na Flórida. Ela é acusada de envolvimento com grupos que atacam instituições brasileiras nas redes sociais. A ordem gerou desconforto no Departamento de Estado dos EUA, que passou a tratar o caso como extraterritorialidade indevida.

“Em vez de buscar uma solução para resolver a crise, o Brasil está permitindo que esse violador de direitos humanos, já sancionado, dobre a aposta”, escreveu Landau, em referência ao fato de Moraes ter sido incluído em uma lista informal de autoridades investigadas sob a Lei Magnitsky, legislação americana que prevê sanções a agentes públicos acusados de abusos de poder e violações de direitos humanos. (Fonte: Hora Brasília)


Delegado que investigou facada em Bolsonaro é preso por corrupção

(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (17), o delegado Rodrigo de Melo Teixeira, conhecido por ter sido o responsável pelas investigações da facada sofrida por Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018. Teixeira também chefiou as primeiras diligências sobre o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em 2019. Atualmente, ocupava um cargo de direção no Serviço Geológico do Brasil (SGB), vinculado ao governo Lula.

No atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o delegado foi nomeado para cargos de confiança. Em 2023, foi escolhido como diretor de Administração e Finanças do SGB e indicado para o Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Segundo os investigadores, Rodrigo de Melo Teixeira é suspeito de usar suas funções públicas para favorecer empresários do setor de mineração e tentar influenciar investigações em andamento. Ele também seria gestor oculto de uma empresa com interesses no ramo.

Teixeira ingressou na Polícia Federal há mais de duas décadas e ganhou destaque em 2018, quando assumiu a investigação do ataque contra o então candidato Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora (MG). A apuração foi conduzida sob forte pressão política e resultou na conclusão de que o agressor, Adélio Bispo, agiu sozinho.

A prisão de Teixeira ocorreu durante uma operação que apura o funcionamento de um esquema de corrupção e crimes ambientais envolvendo o setor de mineração. Segundo a Polícia Federal, o grupo teria movimentado ao menos R$ 1,5 bilhão por meio de autorizações ambientais fraudulentas, exploração ilegal de minério e lavagem de dinheiro. A repercussão da prisão atinge em cheio o governo Lula, uma vez que Rodrigo não apenas ocupou funções de confiança, como também foi alçado ao cargo durante o atual mandato. A oposição já começa a pressionar por explicações e apuração de responsabilidades dentro da gestão federal. (Fonte: Hora Brasília)


Bukele defende imposição de regras rígidas nas escolas

(Foto: Getty Images)

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, defendeu as novas regras de disciplina no sistema educacional, dizendo que buscam evitar que as escolas sejam “lugares de recrutamento de membros de gangues”. Desde 20 de agosto, por ordem da nova ministra da Educação, a capitã Karla Trigueros, os alunos devem ter cabelo curto, uniforme limpo e sapatos engraxados, algo que um sindicato de professores classificou como “militarização” das 5.100 escolas públicas.

Bukele afirmou que, antes de sua “guerra” contra as gangues — que lançou em 2022 e reduziu a violência criminal no país — os centros educacionais eram “lugares de recrutamento de membros de gangues”. “As medidas de disciplina nas escolas buscam evitar que essa tragédia volte a ocorrer”, acrescentou o presidente na rede X. Junto a um vídeo em que aparecem estudantes do ensino médio fazendo sinais de gangues com as mãos, Bukele escreveu: “assim eram os centros educacionais em nosso país antes”.

Antes da “guerra”, as gangues Mara Salvatrucha e Barrio 18 assediavam estudantes para que se juntassem a essas facções e ameaçavam professores para que não os denunciassem. O presidente indicou que as novas regras deverão ser respeitadas “apesar das críticas”. A ministra e capitã das Forças Armadas adicionou novas regras de “cortesia escolar” às normas disciplinares, e os alunos que não as respeitarem correm o risco de repetir de ano.

As normas de cortesia, que entraram em vigor em 1.º de setembro, incluem saudar o professor ao entrar na sala de aula, dizer “por favor” ao fazer um pedido e agradecer. Um estudante com 15 anotações de demérito “não poderá ser promovido de série”, determinou a ministra militar. Contudo, poderá reduzir as punições com trabalhos “de ordem e limpeza” e outras atividades. Os diretores que não fizerem cumprir essas normas serão sancionados, advertiu Trigueros.
Bukele desfruta de grande popularidade no país por reduzir a violência criminal a mínimos históricos com sua “guerra”, que se apoia em um regime de exceção que permite detenções sem ordem judicial. (Fonte: GZH)


Reprovação ao governo Lula atinge 51%, aponta pesquisa

(Foto: Getty Images)

Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (17), pela Genial/Quaest, mostra que 51% dos eleitores brasileiros reprovam o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 46% aprovam a atual gestão, popularmente conhecida como “Lula 3”. O índice de reprovação permanece estável em relação ao último levantamento feito em agosto, mantendo os mesmos 51%. Já o percentual de aprovação também se manteve inalterado, apontando um cenário de polarização consolidada entre os eleitores.

Outros 3% dos entrevistados disseram não saber ou preferiram não responder. A pesquisa foi realizada presencialmente entre os dias 12 e 14 de setembro, com 2.004 entrevistas em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. (Fonte: Hora Brasília)


Índia e Irã participam pela primeira vez de manobras militares conjuntas da Rússia

(Foto: Tass)

O presidente Vladimir Putin confirmou que 100 mil militares estão envolvidos no exercício multinacional Zapad, considerado um dos maiores deslocamentos recentes na região, de acordo com a agência AFP. O contingente internacional agora também inclui tropas de Bangladesh, Burkina Faso, Congo e Mali — movimento que, segundo analistas, reflete a estratégia de Moscou e Minsk de ampliar alianças fora da Europa e fortalecer a cooperação com países da África e da Ásia. Fontes ouvidas pelo Times of Malta destacaram que a inclusão dessas nações faz parte da aposta russa de promover treinamentos conjuntos sem envolver os novos parceiros em confrontos diretos com a Otan.

O Ministério da Defesa da Rússia informou à Reuters que o objetivo dos exercícios é simular uma resposta a uma “potencial agressão contra o Estado da União”, em referência à aliança militar entre Rússia e Belarus. A Índia enviou 65 integrantes do Regimento Kumaon para a base de Mulino, localizada longe das fronteiras da Otan. O Ministério da Defesa indiano, citado pelo The Times, afirmou que a iniciativa busca reforçar a confiança e a cooperação militar com Moscou, parceria que remonta à Guerra Fria.

A participação de tropas iranianas foi confirmada por agências como a Tass, marcando mais um passo na crescente colaboração militar e tecnológica entre Teerã e Moscou — laços reforçados pelo apoio mútuo no contexto da guerra na Ucrânia. No território bielorrusso, cerca de sete mil militares e aeronaves operaram em áreas próximas às fronteiras com Polônia, Lituânia e Letônia. O número total de participantes, incluindo contingentes internacionais, foi confirmado por Putin e reiterado por agências estatais como a Tass. (Fonte: Gazeta Brasil)


Haroldo Filho

Haroldo Filho

Jornalista – DRT: 0003818/ES Coordenador-geral da ONG Educar para Crescer

Related Posts

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

EnglishPortugueseSpanish